Um momento a agradecer a Deus.

Um momento a agradecer a Deus.
Conduzir a tocha Olímpica foi um presente de Deus

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A derrota do Santos. Um exemplo.

Demorei alguns dias para escrever sobre a derrota do Santos para o Barcelona. Confesso que o choque foi grande. Nunca vi um jogo final entre dois times profissionais, onde a diferença fosse tão grande. O que o Santos sofreu foi uma humilhação representativa do que é o futebol brasileiro na atualidade.

A fala de Guardiola, ao lembrar o futebol brasileiro visto por seus pais e avós e a de Neymar, que reconheceu ter levado uma AULA de futebol, fazem o início e o fim da linha de uma viagem de decadência técnica do nosso futebol. É certo ressalavar que a viagem chegou a ter uma possibilidade de volta com a seleção de 82 e com as atuações isoladas de alguns de nossos talentos individuais, como: Romário em 94 e Ronaldo em 2002. No entanto, a viagem vem numa escala progressiva.

O Brasil da Copa de Setenta, teve o talento como expressão maior de sua genialidade. No entanto, a preparação física antecipada e bem apurada (uma novidade à época), fez surgir uma apologia ao condicionamento físico. Daí por diante, creio que o caminho da mediocridade se desenhou.

Ele nao foi predominante desde o início, mas foi gradativamente ganhando a briga contra seus opositores. Chicão no lugar de Falcão, Serginho no de Dinamite e Reinaldo, o fim dos pontas, a dupla de volantes, um monte de zagueiros, meias e atacantes grandalhões e a profusão de técnicos da escola de força do futebol gaúcho dominando a direção dos grandes clubes.

Na véspera do jogo, em conversa com amigos, falei que os times do Inter e do São Paulo que ganharam as últimas taças mundiais para o Brasil eram uma porcaria. Após o jogo do Santos, não tenho mais dúvidas quanto a isso. Assim como também considero os últimos campeões brasileiros verdadeiros timecos. Não livro a cara de nenhum deles. Incluo nessa lista o atual time do meu Vasco que ganhou a Copa do Brasil. Todos são fracos. Pior ainda é a seleçao brasileira e isso não é de agora.

Há mais de 20 anos, nossa seleçao coleciona vexames e alcança vitórias aos trancos e barrancos, com exibições de um futebol chato e fraco. Posso citar uns duzentos jogadores que NUNCA poderiam ter vestido a camisa amarela do Brasil.

Nossos times possuem alguns jogadores de péssima qualidade. Gente que não jogaria na seleçao do Marista São José (meu saudoso colégio), ou de qualquer time do Intercolegial. Houve um jogador de MEIO DE CAMPO do Vasco que nao reunia a menor condição de jogo. Foi titular em vários jogos. Dizer que o Willins do Flamengo é bom jogador é um absurdo que fere os ouvidos e olhsr de quem tinha em Andrade do Fla e Zanata do Vasco a referência do que seria um bom jogador. Craque era Zico, Roberto e Junior. O Andrade, hoje, seria um mega craque. O Zanata um virtuoso. Naquela época, "äpenas" bons jogadores.

Romário, andando em campo, foi artilheiro do brasileirão. Adriano, um jogador em forma de boi, quase tropeçando na bola, fez um gol decisivo contra o Galo. Pet, Montillo e Conca foram os craques do brasileirão. Juninho Pernambucano deitou e rolou no meio campo do Vasco e tem jogador médio, que joga a conta do chá e se dá bem. Afinal, a média é baixíssima. Quem tem um olho....

O futebol do Barça se parece muito com o dos nosso times dos anos setenta. Meu filho e sobrinhos acham tudo muito lento. Os comentaristas e "técnicos" também. Enfim, que futebolzinho bosta é esse que nossos times jogam. Coitado do Santos, evidenciou a mediocridade atual do nosso futebol.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Feliz Natal de um jeito bem carioca




Feliz do cara que mora numa cidade que tem um Papai Noel andando de bicicleta ao lado da Quadra da Portela em Oswaldo Cruz. Eu sou esse cara!!! Meus votos de Feliz Natal seguem com essas duas fotos. Que o Papai Noel chegue a pé, de trenó, bike, patins, ônibus, sei lá... do jeito que der, mas que te leve muito amor, sucesso, saúde e o amor de Deus.

Clara Vida - Uma estrela que me enche de alegria



Ela é linda, me faz sorrir e chorar. Amo minha filha. Uma foto dela é a imagem da minha felicidade.

Parabéns pra mim. Museólogo, um espetáculo de profissão.




Nascimento Jr, presidente do Instituto Brasileiro de Museus discursa na festa do dia do museólogo. A museologia dá show no Museu Histórico Nacional.

O menino e o futebol. Sonho de ontem e de hoje. De pai e filho



Ver meu filho treinando no Vasco foi uma das grandes emoções que vivi. Ele foi federado no Futsal em 2004 e parou. Quer voltar para o campo e apóio. Um sonho de pai para filho. Ou será de filho para pai?

Festa popular com gosto de bacalhau - VVVAAASSSCCCOOO




Que me perdoem os torcedores dos outros times, mas, eu nunca vi festa igual à da torcida vascaína na chegada do time após a vitória sobre o Coritiba, A cidade parou para ver a torcida do Vasco passar. Este vascaíno registrou o momento que viu e nunca mais o esquecerá.

Amor de criança- Deus se manifesta nessas horas




Meu filho Miguel e minha afilhadinha Ana Julia dando um selinho. Lindo e puro.

De volta ao passado - infância no Olaria A.C.



Passei em frente ao Olaria Atlético Clube e nao resisti. Entrei e pedi ao meu filho Caio para fotografar as piscinas onde tanto brinquei. Quase morri no meu primeiro dia de Colônia de Férias. O professor organizou a turma para o banho de piscima e disse: ninguém pula antes da minha liberação. Pense num moleque besta e aloprado. Era eu. O professor deu mole e me joguei. O afogamento foi inevitável. kkkkkkk. Fui salvo, mas posto de castigo naquele dia. Fui sócio do Olaria e brinquei mmmuuuuiiiito lá. Futebol piscinma, patinação, namorinhos etc. Tudo de bom. Obrigado pai e mãe pela infância que tive.

Suvaco da Cobra - templo do Chorinho abandonado



Nas décadas de 70 e 80, havia um bar na Penha que ficou famoso pelas rodas de choro e por ser frequentado por gênios desse estilo musical brasileiríssimo. O famoso Bloco das Piranhas da Penha encerrava seu desfile na porta do bar que tinha o curioso nome de SUVACO DA COBRA. Passei por lá outro dia e fiquei com o coração partido ao ver um espaço daquele fechado e abandonado.

Vão de escada no Centro do Rio



Numa tarde, em pleno centro da Cidade do Rio, fiquei esperando minha mulher sair de uma reunião. Depois de uns 45 minutos de espera, dei uma olhada para o alto e me deparei com essa imagem. Bela por sinal

Azulejo em casa de Vila Isabel, um toque de simpatia no tempero da Feijoada do Remédio é o Samba



O Bloco o Remédio é o Samba promoveu sua primeira feijoada numa simpática casa antiga de Vila Isabel. O azulejo é auto explicativo. Sem comentários. Show de bola.

Todo apoio à luta contra homofobia. Mas com bom senso, por favor




Todo dia quando passava pelo Edifício da Central do Brasil, eu tentava ler o que estava escrito naquelas janelas. As janelas mudavam de lugar e assim, as janelas se embaralhavam. Mas, o que me chamava atençao era a feiura das placas na fachada de um prédio histórico e um dos marcos da arquitetura art déco no Rio de Janeiro.Acho essa campanha ótima,mas a frase nas janelas foi uma tremenda bola fora. Horrível é pouco. meus amigos gays devem achar um Hor-ror!!! rsrsrsrsr

O resgate do Urubu sequestrado. O lado sadio da rivalidade Vasco x Flamengo



Essa foto eu tirei num dos momentos mais hilários no IBRAM esse ano. Um segurança do Palácio Capanema, flamenguista fanático, trabalha "protegido" pela mascote do Flamengo. Na semana da final da Copa do Brasil, os vascaínos sequestraram o pequeno Urubu. A volta do bichinho se deu no dia seguinte à conquista da Copa do Brasil pelo Vasco.Para susto do seu dono, o Urubu voltou devidamente uniformizado de vascaíno. A foto registra o visual que é a cara da gozação sadia entre torcedores. Muito legal

Galinheiro. Em Vaz Lobo, uma atividade cada vez mais rara.




Quando eu era menino, galinheiro era uma coisa comum. Em cada esquina de comércio das ruas do Rio, sempre havia um ao lado do açougue, da quitanda, padaria, tinturaria e farmácia. As grandes redes de super mercados foram eliminando esse tipo de comércio. Quando vi o galinheiro em Vaz Lobo (subúrbio do Rio, entre Madureira e Irajá), nao resisti e registrei

Henfil e o espírito olímpico que queremos




Essa eu tirei na exposição do Henfil, no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal - RJ. Em tempos de grandes eventos esportivos, é bacana ver que na campanha para trazer as Olímpíadas de 2004 para o Rio de Janeiro, a preocupação do IBASE, inspirada em Betinho, era que o evento deixasse para os brasileiros um Brasil melhor.

2011 em fotos do meu celular

Amigos(as) nessa época do ano, rolam diversas retrospectivas. Olhando as fotos do meu celular, percebi que", de uma certa forma, elas poderiam contar um poquinho dos fatos desse ano que foi "casca grossa". Ainda bem que a maioria dfas fotos são de lances legais. Vou postanto e explicando o que cada uma delas representa. Um abraço.

Marcio

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

tia Zélia, saudade e revolta

É com muita tristeza que tomei conhecimento da morte de Tia Zélia, integrante e fundadora da Velha Guarda da Mangueira. Em um ano, se foram: Mocinho, Erivá e Tia Zélia. São personalidades da cultura carioca e brasileira que deixam lacunas enormes. É verdade que tem havido maior reconhecimento das Velhas Guardas, que chegaram a receber a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura e a Medalha Tiradentes da ALERJ (esta última por iniciativa minha e do Dep. Edmilson Valentim). No entanto, o sambista, aquele que faz a história dessa fantástica manifestação cultural que é o samba, não tem o respeito devido.

O esforço deles próprios e de alguns produtores gera agendas esporádicas e, na maioria das vezes, com cachês abaixo do merecido. Para tentar reverter essa situação, há uma antiga reivindicação dos sambistas para que exista um Casa das Velhas Guardas, onde eles pudessem repassar aos mais novos suas experiências e realizar shows numa agenda regular e articulada com a programação cultural e turística do Rio de Janeiro.

Passam-se os anos, vamos perdendo nossos amigos da Velha Guarda sem que eles pudessem ter realizado o sonoa da casa tão desejada.

Fica, mais uma vez, a lembrança ao Governo do Estado, à Prefeitura do Rio e ao Ministério da Cultura. No mais, um beijo no coração da Velha Guarda da Mangueira e a homengame à Tia Zélia com os versos de Alcione:

Eu vou ficar
No meio do povo, espiando
Minha escola
Perdendo ou ganhando
Mais um carnaval
Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final...

Quando eu não puder
Pisar mais na avenida
Quando as minhas pernas
Não puderem agüentar
Levar meu corpo
Junto com meu samba
O meu anel de bamba
Entrego a quem mereça usar...(2x)

Eu vou ficar
No meio do povo, espiando
Minha escola
Perdendo ou ganhando
Mais um carnaval
Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final...

Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final...

Não deixe o samba morrer
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De Samba, prá gente sambar...(2x)

Quando eu não puder
Pisar mais na avenida
Quando as minhas pernas
Não puderem agüentar
Levar meu corpo
Junto com meu samba
O meu anel de bamba
Entrego a quem mereça usar...

Eu vou ficar
No meio do povo, espiando
A Mangueira
Perdendo ou ganhando
Mais um carnaval
Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final...

Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final...

Não deixe o samba morrer
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De Samba, prá gente sambar...(4x)

Vá com Deus, Tia Zélia!!!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Chaplin - por um mundo melhor.

Acabo de rever o Filme antológico de Chaplin - O Grande Ditador, no Tele Cine Cult. Todos que se aproximam do ciclo de poder deveriam, compulsoriamente, assistir a esse filme. É um exercício de prevenção ao abuso de poder e à tirania.Além disso, o discurso do barbeiro, em substituição ao ditador é um primor e uma reverência a um mundo melhor. Magnífico!!!

Acaba o filme e, ao começar a vistoriar a programação. me deparo com o documentário da Nat. Geographic que relembra a bomba de Hiroshima. Que choque de impressões que nos levam às mesmas reflexões e conclusões. A ganância de poder e lucro condenaram bilhões de habitantes desse planeta à fome e morte.

Nunca é tarde para se indignar e resistir, seja no plano individual, seja no coletivo. Nas relações de poder doméstico, de vizinhança e no trabalho, mas também numa agenda coletiva de solidariedade, amor e luta por um mundo melhor.

Fica a dica: vejam o discurso de Chaplin.

http://www.youtube.com/watch?v=3OmQDzIi3v0

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Royalties do Petróleo e Fukushima – Algo em comum?

O Rio de Janeiro corre grande risco de perder milhões de reais, caso ocorra alteração na partilha dos royalties em nosso país. É preciso dizer que considero que alguns municípios usam os recursos de maneira ineficiente. Não investem em diversificação da economia, em educação, saneamento ou saúde. Não raro, prefeitos gastam dinheiro com obras injustificáveis. Nada disso, no entanto, justifica tirar de Estados e municípios produtores os recursos que podem salvar a vida econômica e física dessas regiões. É preciso maior planejamento, integração e responsabilidade na aplicação e fiscalização. No entanto, retirar os recursos seria um erro.

A extração, produção e transporte de petróleo e seus derivados incorrem naturalmente em riscos à vida. Acidentes causam danos à natureza, há restrição o uso do espaço e, em casos de acidentes mais graves, milhares de pessoas ficam ameaçadas seriamente.

A atividade econômica do petróleo leva às cidades milhares de trabalhadores para regiões que não possuem estradas, vias secundárias, hospitais, escolas e demais equipamentos públicos necessários ao atendimento dos novos moradores. E quando se esgota ou se reduzem drasticamente a atividade naquela região, quem banca a transição da matriz produtiva de forma a atender às gerações que se fixaram na cidade? Certamente, não seria uma cidade não produtora lá do outro lado do país.

Não sei se no Japão existe alguma forma de compensação financeira para a cidade de Fukushima por ter sediado uma usina nuclear. No trágico e recente acidente ocorrido em decorrência de um Tsunami, o vazamento de radioatividade condenou moradores, fauna e flora da cidade ao risco de contaminação e morte. Ficou evidente que atividades dessa natureza exigem atenção especial e, consequentemente, maior volume de dinheiro. É a esse tipo de ameaça que cidades produtoras estão submetidas. E é por essa razão que defendo os interesses do Rio de Janeiro na manutenção dos recursos dos Royalties do Petróleo. É uma questão de justiça.

Rebaixamento no Brasileirão - 4 é muito. Luxemburgo tem razão.

Antes que me acusem de estar advogando em causa própria, meu time, o Vasco, não está ameaçado de rebaixamento no atual campeonato brasileiro. Sendo assim, fico mais à vontade para concordar com o técnico do Flamengo nessa tese contra o rebaixamento de 4 clubes no Brasileirão.

Isso é um absurdo. Dizer que a disputa para não cair é emocionante é, no mínimo, um ato de masoquismo. Isso mesmo, pois regojizar-se com a tragédia dos outros é uma demonstração de apreço ao ódio e à humilhação alheias. No entanto, minha preocupação maior é com a vida dos clubes do Brasil. Esse papo de cair para se reerguer e de superação é balela. Penalizar as torcidas desses clubes pela má gestão promovida por seu dirigentes é injusto. Condenar as marcas de grandes clubes ao constragimento da segunda divisão é algo desenecessário e abre espaço maior ainda para marcas estrangeiras no universo torcedor de nossas crinaças.

Num campeonato muito disputado, a distância entre o priMeiro rebaixado e o último representante do Brasil na Copa Sulamericana é mínima. Ou seja, o passaporte para o inferno é quase do mesmo tamanho daquele que permite ao concorrente uma turnê internacional. Durante o campeonato, isso tem reflexo direto no nível da competição. Ameaça de rebaixamento demite treinadores, afasta patrocinadores, queima jovens valores das divisões de base... enfim, é uma desgraça. Ninguém consegue trabalhar direito num ambiente desses. Leve em conta ainda que as janelas de tranferências internacionais desfiguram muitos times e conclua o quanto é sofrível a disputa do campeonato brasileiro.

Mas há quem goste e defenda esse tipo de coisa. Só no Brasil mesmo, onde a administração do maior esporte do país se esquece da saúde dos seus grandes e centenários clubes.

Rafinha, Pânico e afins.

Ganhou dimensões enormes a declaração do Rafinha do CQC ao afirmar que “pegaria” mãe grávida e filha. Evidentemente, trata-se de uma piada de muito mal gosto e desnecessária. É importante, no entanto, colocar a situação no exato ambiente em que ela se dá.

Não é de hoje que se debate o conteúdo da programação da TV brasileira. Em alguns momentos, o drama pessoal toma conta de nossa tela em exposições desnecessárias e violência de todo tipo é tema de filmes e novelas constantemente. Além disso, piadas com negros, judeus, nordestinos e, principalmene, pobres , fazem parte dos mais variados programas em todos os tempos. Podemos levantar ainda, a maneira lamentável como a mulher é mostrada na TV em progamas onde o sexo é o verdadeiro motivo de sua existência

Sendo assim, o que há de novo no episódio do Rafinha? Creio que o limite do aceitável tenha se transformado em padrão de sucesso na TV e ganhou repercussão maior ainda com as redes sociais. A vida dos famosos virou objeto de desejo e desperta amor e ódio. A privacidade das pessoas foi sendo perdida numa via de duas mãos: o próprio famoso fala de sua vida particular sem maiores cuidados e deixa a porta aberta para os intrusos de plantão.

Uma piadinha exagerada aqui, um peitinho que salta num mergulho, uma bunda bonita que enche os olhos da rapaziada, uma ofença pública acolá e o formato dos programs humorísticos vai ganhando contornos lamentáveis. Para piorar, esses mesmos gênios da comunicação vão se transformando em formadores de opinião. E falam de tudo: economia, política, futebol, comportamento, cultura e qualquer coisa que julguem ser objeto de suas considerações debochadas, sempre com índices de audiência lá nas alturas.

Os comediantes desse programas de hoje são muito parecidos com os maiores idiotas que conheci na minha vida. Inconvenientes, perversos na convivência com os colegas, promotores de constragimentos diversos (bullying) e, em geral consevadores, oportunistas e individualistas.

Mais do que a demissão do Rafinha, precisamos responder com o dedo, não o do meio; como eles sugeririam, mas com o polegar para trocar de canal. Vamos dar um click nessa turma sem noção que se apoderou das tardes e noites da TV brasileira e esperar que o talento que efetivamente eles parecem ter, seja usado em cenas mais adequados ao se espera de um serviço público concedido pelo Poder Público. Mesmo que algumas dessas concessões tenham sido feitas num período de ditadura. Antes tarde do que nunca.

Em tempo: caso a grávida e o bebê fossem pobres da periferia, o Rafinha ainda estaria falando besteira na TV. Aposto uma cocada velha nisso.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Museu do Surf em Cabo Frio - Uma boa dica para o Feriado





Então, essa é a dica para quem se amarra no surf e gosta de história e memória. O Museu do Surf é excelente. Tem um rico acervo que foi constituído e mantido cuidadosamente pelo Telmo, lá em Cabo Frio, uma cidade maravilhosa na região do lagos do Rio de janeiro.

Estive lá no ano passado, com a presidente da APEF Lagos, Marta e o seu marido, Ricardo (ambos professores de Educação Física, ele tanbém instrutor de surf)e fiquei encantado com o que vi. Fica a dica. Nas fotos dá para perceber o quanto é legal o museu. Visitem a página: www.museudosurf.com .
Endereço: Rua Jorge Lóssio, 899. Centro. Cabo Frio. RJ. 28907-012.

sábado, 8 de outubro de 2011

Tijuca - Colégio Marista Sao José da Barão de Mesquita




A entrada do prédio, por onde milhares de estudantes passaram para viver os melhores anos de sua vida, está abandonado. O telhado já presenta comprometimento de sua estrutura, retiraram portas e janelas e o abandono é visível. Uma vergonha.

Ontem passei em frente à antiga sede do Colégio Marista São José, Barão de Mesquita. Estudei lá no segundo grau, de 1984 a 1986. É melancólico ver como ficou aquele espaço que reúne tanta emoção e lembranças para gerações de estudantes. Além disso, o colégio fazia parte do cotidiano do bairro e é um absurdo que o prédio esteja caminhando a passos largos para se transformar em ruína. O instrumento do tombamento exige do proprietário do imóvel responsabilidade com a manutenção do patrimônio protegido. O Poder Público precisa tomar providências urgentes para fazer valer o interesse social no prédio e no seu entorno. A Tijuca e o Rio de Janeiro merecem respeito por sua memória. Os ex-alunos do São José querem voltar ao prédio e celebrar o retorno daquele espaço para a convívio das famílias que ali se formaram. Quem sabe, ainda não teremos a chance de jogar uma boa partida de bola ao mastro!!!??

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Deus e o compromisso com a justiça.

Sou cristão, mas não tenho o hábito de escrever sobre minha crença. Muito menos, misturo política e religião, apesar de ambas terem grande importância em minha vida. No entanto, venho fazendo algumas reflexões que gostaria de compartilhar com vocês.

Estudei em colégios católicos durante as décadas de 70 e 80.Boa parte das minhas convicções humanísticas encontra origem nas salas de aula e capelas do Instituto Nossa Senhora das Dores e do Colégio Marista São José. É da mesma época também a grande repercussão dos encontros católicos de adolescentes e jovens que reuniam a galera dos colégios e igrejas do Rio de Janeiro. Em meios às canções católicas de louvor à Maria e Jesus, eu tinha atenção especial àquelas que mencionavam a justiça social em sintonia com o projeto de Deus em nossas vidas.

Era uma ambiente fraterno, recheado de esperança num mundo melhor e sem desigualdades. Eram muitos os que se idenficavam com a filosofia que aliava fé e luta social. Era preciso alimentar a alma, mas também o corpo. Havia a esperança da salvação e da vida eterna no céu, mas também se gritava por terra. justiça e emprego. Eu era uma deles. Minha militância política não se deu em grupos de jovens de igreja, mas certamente bebeu daquela fonte.

Aquela postura militante cristã tinha base na Teologia da Libertação e encontrava eco no engajamento político tão próspero no século XX. Algumas lideranças evangélicas também tiveram seus feitos na luta contra a ditadura militar e muitos crentes também morreram na luta pelo Brasil melhor.

Tenho buscado Deus com mais intesidade nos últimos anos e tenho percebido um enfraquecimento desse vigor social entre nossos jovens. Predomina a visão determinista e a falta de compromisso com a vida das pessoas, do ponto de vista de seus direitos mais elementares. É como se o sofrimento da fome e da falta de saúde, moradia e educação só pudessem ser resolvidos após a morte, no encontro com o Pai. Eu penso diferente. Creio na maravilha da vida eterna, falo dela para as pessoas que me cercam, mas também incentivo a todos que se organizem contra a injustiça social e opressão a que estão submetidos.

Ao falar da crise no oriente médio, menciono Jerusalém como espaço de fé, mas não posso deixar de falar o quanto aquela região envolve interesses econômicos que condenam gerações de árabes à pobreza e à violência.

É justo e necessário lutar contra a ação do diabo em nossas vidas. Mas também é diabólica a injustiça social. Portanto, é justo opor-se à opressão dos poderosos e associar-se aos que lutam pela vida de seus filhos com suor e afinco.

Ser crstão em paz com a consciência é ter a certeza da misericórdia de Deus e de sua providência, sem abrir mão de reconhecer o quanto utilizaram a palavra do Cristo para fundamentar projetos de poder e lucro. Mas que isso, ser cristão é fazer uma escolha por aqueles que menos podem e muito precisam. É ter a esperança de que a igualdade que virá com a salvação e com a vida eterna comece a ser construída aqui na terra, com solidariedade, paz e amor entre os homens.


Omitir-se diante da injustiça, da mentira e da miséria não é o que Jesus espera de seus seguidores. ELE esteve sempre ao lado dos oprimidos. Deus guiou seu povo sempre contra os poderosos e Reis. Seus profetas e apóstolos foram mensageiros da palavra e também da ação de Deus. É isso que ele espera de cada um de nós.

Eu creio nisso.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Feriados na Copa - uma falsa polêmica

Há candidatos ao posto de mais realistas que o próprio Rei. As notícias em relação aos feriados em dias de jogos da Copa do Mundo no Brasil é um forte indício desse fenômeno. Qualquer assunto um pouco mais estranho referente à Copa ganha uma repercussão enorme e logo aparecem inúmeras opiniões cheias de argumentos relevantes acerca do tema. Para não fugir à regra, vou dar mei pitaco e acho que remarei contra a maré.

Que mal há em se decretar feriado num dia de jogo de Copa do Mundo quando houver tal exigência para o bom funcionamento de uma cidade sede? Será que alguém ignora o interesse da própria população local com referência aos jogos? Além disso, será uma erro administrativo e gerencial prever uma instrumento legal e democrático (isso mesmo, a lei passará pelo Congresso Nacional)que permita ao Comitê local diminuir impactos no dia a dia da população durante a Copa? Eu acho que isso será benéfico, inclusive, para quem não estará nem aí para os jogos.

Imaginemos uma semi final disputada entre EUA e Iraque, em Curitiba, por exemplo. Além dos aspectos já mencionados, a questão da segurança deve ser ignorada? Isso não interfere na dimensão do evento? E se o Brasil, por força de um tropeço na primeira fase, mudar para uma cidade que vinha recebendo jogos apenas de países vistantes? Que impacto haverá sobre a nova casa da seleção brasileira ns Copa de 2014? Ninguém cuida disso desde já?

É possivel prever todoas essas hipóteses e preparar o país para todas eles. Eu sei disso. Mas volto com mesma provocação anterior: que mal há em se permitir um cenário mais conformtável para todos e com o amparo da lei? Sempre foi comum, por exemplo, em dias de jogos do Brasil, em todas as copas, a liberação dos trabalhadores pra que todos acompanhassem nossa seleção. Algum grave problema e maiores prejuízos ao país em razão dessa decisão? Eu não vejo.

Sejamos razoáveis. Em 2014, terão se passados 64 anos desde à Copa que sediamos em 1950. A atual gerção terá uma oportunidade única de viver a emoção de uma Copa em seu país. Ou alguém considera que isso seja mentira? Não serão os feriados os vilões da realização da Copa no Brasil. Não podemos compactuar com desvios de recursos e atrasos nas entregas. Portanto, é justa a preocupação com prazos e orçamentos, legados para o país e etc. Mas essa do feriado é exagero. É a minha opinião. Vamos focalizar a atenção da sociedade no que for fundamental. Polêmica desnecessária não ajuda em nada.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Casa Viva e a Cultura

Uma casa da Rua Alice, em Laranjeiras, abriga atualmente um centro de reabilitação para usuários de crack recolhidos pela prefeitura do Rio de Janeiro, a Casa Viva. Não sou especialista em recuperação de drogados, mas me tocou fundo ver o espaço onde funcionava o Studio Escola de Atores ser transformado num ambiente onde a ação contra o uso de drogas tem, agora, foco num momento onde a luta contra elas se torna cada vez mais difícil.

Não quero cometer injustiça contra as pessoas que realizam o trabalho da Casa Viva. Pode ser que a equipe seja competente e a proposta correta do ponto de vista técnico (apesar do jornal O GLOBO ter denunciado o contrário). Mas é lamentável o que ocorreu com aquele espaço. O endereço viu surgir atores como Thiago Lacerda, Thiago Fragoso, Babi, Bruno Gagliasso, André Marques e tantos outros talentos. Nos últimos anos, o Studio desenvolvia parceria com o bloco carnavalesco O Remédio é o Samba na iniciação de jovens na prática do áudio visual. O projeto, um Ponto de Cultura do Ministério da Cultura, era realizado justamente no local onde sedia atualmente a Casa Viva.

Não foi a prefeitura quem alterou a natureza do uso da casa, é verdade. Nesse caso, está isenta de qualquer responsabilidade. O espaço era alugado ao Studio, que, com a crescente elevação dos custos para manter a casa aberta, não suportou e teve que entregar as chaves. Uma história que revela, por outro lado, a grande dificuldade que existe para se manter e desenvolver empreendimentos e ações sociais na área de cultura e educação.

O Studio é a primeira escola profissionalizante para atores de TV e Cinema da América Latina, título conseguido depois de árdua luta na burocracia do MEC e da Secretaria de Educação. A parceria com o bloco O Remédio é o Samba, que conjuga samba de raiz, carnaval e defesa da saúde, tem entre seus objetivos justamente afastar os jovens do uso das drogas. Nesse momento, Studio e bloco buscam um novo local para seu funcionamento e retomada do ponto de cultura que conta com recursos do Ministério da Cultura.

O bloco tem 11 anos de existência. É afilhado da Velha Guarda da Mangueira e do Salgueiro e desfila todos os anos na Avenida Atlântica, distribuindo preservativos, fazendo campanhas de prevenção ao câncer de pele, DST´s, dengue e participando de campanha de doação de sangue do HemoRio. Chegou a realizar um show no Teatro João Caetano para arrecadar doações para vítimas de enchentes, e costuma contar com participações de personalidades do samba como Noca da Portela, Ivo Meirelles, Jamelão, Valter Alfaite, Monarco, Dorina, Nelson Sargento e tantos outros. Seu projeto principal atualmente é conseguir um espaço para fazer oficinas de samba de raiz para adolescentes. Os professores seriam os próprios integrantes da Velha Guarda do samba carioca. Ninguém melhor que eles.

A prefeitura tem, portanto, a boa oportunidade de recuperar para a Cultura e a cidadania esse espaço importante. Bastaria transferir o uso da casa na Rua Alice para a parceria Studio Escola e O Remédio é o Samba.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Apoio à luta dos Professores de Educação Física

Morre Erivá da Velha Guarda da Mangueira. Ficam a saudade e uma luta para continuar

Morreu Erivá da Velha Guarda da Mangueira . Mais uma rosa guerreira que parte sem ter realizado o sonho de ver erguida a casa da Velha Guarda. Deixa viúvo o coração do nosso querido Ari.

Erivá era um doce de pessoa, excelente cantora e guardiã das tradições mangueirenses. Pude conhecer de perto os integrantes da Velha Guarda a partir do ano 2000, quando eles apadrinharam o Bloco o Remédio é o Samba. São 11 anos de momentos que não vão sair nunca da minha memória. Shows belos e emocionantes e momentos de solidariedade com o jovem e o velho sambista.

Nesse período é duro perceber o descaso com o sonho dessas pessoas que dedicaram suas vidas para tornar o nosso samba e carnaval a manifestação cultural pujante que ela é. Desde que os conheci, escuto histórias do passado e um incansável lamento pela falta de um espaço onde pudessem realizar seus shows e passar suas experiências aos mais jovens.

Nos últimos anos, nos despedimos de Jurandir, Quincas, Miguel, Zezinho e Mocinho. Hoje, se foi a primeira menina. Mais uma que parte com um lamento no peito e que deixará muita saudade nos corações de seus amigos e fãs. A casa deles continua sendo apenas um sonho. Entre tantos outros, como assistência médica e aposentadoria dignas

Fica o agradecimento pelo talento, carinho e amizade de todos que partiram. Mas fica também a necessidade de continuar a lutar em defesa deles. Ao Poder Público fica o chamado à responsabilidade para com nossos sambistas de ontem, hoje e sempre.

Erivá, siga com Deus. A roda de samba no céu ganha mais uma linda voz e um sorriso singelo. Ari, Força. Conte conosco.

sábado, 10 de setembro de 2011

Boa dica cultural e de cidadania no Centro do Rio

Quero sugerir a todos uma visita ao Caixa Cultural (Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, tel 2544-7666). A programação de exposições é uma aula de cidadania e defesa do artista em forma de alerta.

A exposição DORES DA COLÔMBIA, de Botero, artista colombiano que pintou as mazelas da violência política em seu país está imperdível. É um grito artístico contra o horror. Na sala ao lado, na exposição MANUEL MESSIAS, na coleção de Gutman e Kornis, pode-se ver o quanto sofre o artista brasileiro para sobreviver. Nelson era um gravurista de talento grandioso e terminou sua vida em condições lamentáveis, Serve de alerta ao Poder Público para que defenda nossos artistas ainda em vida. Artista come, paga conta, sustenta família e merece ser tratado com respeito e ter condições de produzir.

Ainda no Caixa Cultural, a vida de Betinho é contada em sintonia com a trajetória do IBASE. A vida de Betinho precisa ser sempre lembrada no ambiente de resistência política contra a ditadura, a fome e toda forma de miséria. As principais lutas do povo brasileiros também estão apresentadas na exposição: reforma agrária, contra toda forma de preconceito e defesa da saúde e educação públicas.

Botero, Manuel e Betinho. Ao sair da exposição com seus filhos, você terá muito coisa bacana pra conversar com eles.

sábado, 3 de setembro de 2011

Escandalo no futebo do Rio - Uma vez flamengo, sempre flamengo.

As denúncias apresentadas pela Rede Record que revelam um esquema de favorecimento a determinados clubes do Rio de Janeiro não apresentam novidades para os que acompanham o futebol há mais tempo.

Volto ao ano de 1986 para lembrar o escândalo das papeletas amarelas. Naquele campeonato, o Flamengo foi beneficiado em diversos jogos e, após a conquista do campeonato, veio à tona a realidade dos fatos: um grande esquema de acerto de resultados que beneficiou o Flamengo (http://www.youtube.com/watch?v=JCCWOf__bDE ).

Tem mais!! Aa única Taça Libertadores conquistada pelo Flamengo é outro escândalo. O Título brasileiro em 80 já havia sido conquistado numa final em que o Atlético fora imensamente roubado. Já na primeira fase da competição sulamericana em 81, o que aconteceu foi um roubo nunca visto no futebol até hoje. O atual comentarista da Globo, José Roberto Wright entrou em capo determinado a prejudicar o Atlético e, com 37 minutos de jogos, expulsou simplesmente: Reinaldo, Eder, Palhinha e Chicão – todos jogadores da seleção brasileira, além do técnico Carlos Alberto Silva. Veja o vídeo do jogo ( http://www.youtube.com/watch?v=PwwXKwHm6BI ).

Em 2007, era comum ouvir de pessoas ligadas à política do futebol carioca que havia um clube condenado a não ser campeão – o Botafogo, e havia um clima de Mengão campeão no ar. Não deu outra. Muitos devem se lembrar que Dodô foi expulso de campo após ter um gol seu anulado equivocadamente no final do jogo ( http://www.youtube.com/watch?v=-k95yG4uCcc ).

Esses são casos mais emblemáticos e recentes. No entanto, posso lembrar do gol do Valido em 1944 e os inúmeros roubos mais discretos em momentos decisivos. Teve o caso do Wright (sempre ele) que entrou em campo com um gravador escondido sobre a camisa e passou o jogo inteiro a perseguir os jogadores do Vasco e aliviando os do Flamengo. (http://www.youtube.com/watch?v=LR9VTuBqeKg )

Enfim, os fatos estão aí pra quem quiser ver. Portanto, não tenho dúvida, o esquema é rubro negro.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Aos homens e mulheres da Educação Física.

No dia em que a sociedade celebra o exercício da Educação Física no Brasil, toda homenagem aos que se dedicam às mais variadas formas de exercê-la é mais que justa e, na verdade, representa uma forma de agradecimento que precisa ser feito.

A presença do profissional de Educação Física na vida das pessoas é fundamental. Ela está sempre associada à vida e sua celebração na plenitude e com responsabilidade. É certo dizer , portanto, que a vida das pessoas seria pior se não existisse um profissional com as características e competências que a Educação Física reúne.

Os momentos de emoção, saúde e felicidade que o esporte e a prática do exercício físico proporcionam ao ser humano são responsáveis por belas lembranças que carregamos na mente e no coração.

Não há quem não se recorde de uma aula de Educação Física bem ministrada na infância. Numa reunião de amigos de juventude, o jogo disputado com fervor e respeito vem sempre à tona e nos faz reviver momentos de sonho e amizades eternas. O profissional da Educação Física está na origem desses episódios.

O Brasil celebra sua identidade através do esporte. Milhões de brasileiros choram e riem com nossos atletas que convivem desde os primeiros passos no esporte, até a glória das medalhas, com esses profissionais dedicados e persistentes. O sonho de vitória e celebração tem na atuação do treinador e sua equipe técnica a possibilidade da sua transformação em realidade. Somos gratos por isso.

A gratidão se intensifica na medida em que envelhecemos e vemos nossos filhos serem conduzidos com o mesmo carinho e competência. Compartilhamos com vocês, profissionais da Educação Física, a esperança de ver nossos meninos crescerem saudáveis e com senso de companheirismo e ética. Ao esporte e a vocês devemos isso.

No dia de hoje, ao desejar-lhes sorte e sucesso, reafirmo a convicção de que defender a Educação Física e o Esporte significa lutar por um mundo melhor. Essa luta tem na linha de frente os profissionais de Educação Física que precisam ser respeitados, bem remunerados e estimulados a buscar o aperfeiçoamento técnico e acadêmico. Isso é o que buscamos.

Salve o Dia do Profissional de Educação Física.

Um abraço

Márcio Marques

sábado, 20 de agosto de 2011

As torcidas do Rio merecem respeito

É vergonhosa a atuação da mídia na cobertura dos grandes times do Rio de Janeiro. Na última quinta feira, o Flamengo levou uma goleada do Atlético Goianiense em condições pra lá de patéticas. Nas redes sociais, pipocaram gozações contra a vaidosa torcida rubro negra.

Nos dias seguintes ao jogo, para minha surpresa, parecia que o Flamengo vencera a partida em questão. As capas dos jornais davam ênfase à figura de Ronaldinho e as manchetes eram quase um lamento contra a má sorte do time da Gávea. Para evidenciar a maneira como o Flamengo é tratado, a manchete do O GLOBO neste sábado foi a seguinte: Envergar sem quebrar. É o fim da picada. Ou seja, o invencível Flamengo enverga, mas não quebra.

Esse comportamento é a tônica do tratamento dispensado ao Flamengo desde sempre. Para se ter uma idéia, houve, na década de 90, um jogo em que o presidente rubro negro, num rompante de arrogância e desespero frente às seguidas derrotas sofridas por seu time nas rodadas anteriores, disse que devolveria o dinheiro do ingresso aos torcedores, caso o Flamengo perdesse para a Portuguesa de São Paulo em pleno Maracanã. Derrota e vergonha consumadas, eis que foi formada a fila para devolução do dinheiro e, para minha surpresa, a Manchete de um jornal de grande circulação do Rio foi a seguinte: “Promessa cumprida”. Ou seja, o Flamengo é um clube de palavra.

Em situações adversas vividas por Vasco, Fluminense e Botafogo o tom sempre é outro. HUMILHAÇÃO, VERGONHA, CAIU DE QUATRO, TIMINHO, CHORO e APÁTICO são palavras freqüentes para falar dos rivais do Flamengo.

Há outros casos em terrenos éticos e políticos. A única Taça Libertadores do Flamengo é fruto de uma conjugação de assaltos ao Atlético Mineiro e da ausência de times mais fortes na trajetória à Tóquio, em 1981. Quando o assunto envolve os outros três do Rio, a tônica é outra. Caso exista um só fato duvidoso, eis aí o foco principal da matéria. A torcida do Botafogo, por exemplo, sempre que revê o jogo da final do brasileirão de 1995, lá está a marca da dúvida quanto à validade do gol do Túlio. É sempre assim.

Poderes sobrenaturais são atribuídos à torcida do Flamengo. Os maiores shows e feitos de vascaínos, tricolores e botafoguenses são sempre desvalorizados, quando não são ridicularizados. Isso é um atentado contra os milhões de torcedores desses clubes, em benefício da marca flamengo.

Em mais de 100 anos de vida, o Flamengo coleciona episódios maquiados pela imprensa. Há caos de mentiras contadas como verdades absolutas. Sendo o Flamengo um clube que mente acerca da sua própria data de nascimento para que ela coincidisse com o dia da proclamação da República do Brasil, nada disso deveria nos causar surpresa. No entanto, nos causa indignação.

O meu time, o Vasco, talvez seja a maior vítima desse processo. O Clube da colina é o único com origem popular e nascido longe da Zona Sul, sua torcida nasceu e cresceu a partir do subúrbio. No entanto, a elite carioca transformou o filho rico da burguesia fluminense no queridinho do povão. Mais uma estratégia, talvez a primeira, dentre tantas outras que construíram a imagem do Flamengo.

Termino manifestando todo respeito à imensa torcida do Flamengo que verdadeiramente faz parte da história e do imaginário popular do nosso futebol, sem abrir mão de reivindicar respeito aos demais torcedores do Rio de Janeiro. Alerto ainda que o Flamengo ganhou um novo companheiro de benefícios - o Corinthians. Mas isso fica para um outro momento.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Click e assista à entrevista do Ministro Orlando Silva

http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/

Entrevista com Ministro Orlando Silva - Roda Viva

Muito boa a entevista do Ministro Orlando Silva. A preocupação dos entrevistadores liderados por Marília Gabriela concentrou-se nas questões da Copa do Mundo. O outro grande evento esportivo a ser realizado no Brasil, as Olimpíadas, não foi muito debatido.

Uma outra impressão mais geral é que boa parte das perguntas está fundamentada em coisas do tipo "ouvi dizer", "me parece que", "talvez não fosse melhor".... Apesar da qualidade dos integrantes da mesa, essa característica dos questionamentos demonstra que o tema dos grandes eventos esportivos carece de melhor entendimento entre os formadores de opinião no país.

Vigora entre as pessoas a percepção de que reina entre políticos e gestores, compulsoriamente, a busca pela pior prática possível. É como se não houvesse nenhuma inspiração louvável nas iniciativas tomadas até aqui. É justa a preocupação de todos com o andamento das obras e a destinação dos recursos. No entanto, algumas questões são elementares e estão mal entendidas. Neste sentido, muito bem fez o Minsitro ao lançar luz sobre elas.

A questão do financiamento de algumas obras é muito significativa. Os recursos são oferecidos dentro das normas de mercado, os investimento gerarão empregos e renda e haverá retorno às intituições de fomento na forma de remuneração do capital emprestado. Ou seja, as operações estão no âmbito da política de investimentos do BNDES e contribuem para o desenvolvimento socio econômico do país. Mas a opinião pública vai construindo um juízo de valor crítico à decisão de investir.

Da mesma forma, os entrevistadores reclamam do fato dos investimentos em infraestrutura não terem sido feitos antes. Ora, eis aí, portanto, uma ponto extremamente favorável à realização dos grandes eventos esportivos no Brasil. No entanto, a ênfase do discurso que vai se consolidando tem a acidez da crítica pelo não feito. Deixam de lado o tom da esperança de que algo melhor está por vir. Os temas de mobilidade urbana, acomodações e aeroportos estão dentro dessas perspectivas.

Foi bom ouvir o Ministro confirmar os prazos de conclusão das obras dos estádios. Há compromisso de entregas já em 2012. É uma manifestação transparente e delimita os parâmetros de cobrança para a populção. Da mesmas forma, é imporatnte perceber que há responsabilidades assumidas por cada ente governamental. É a tal Matriz de Responsabilidades a que se refere o Minsitro em sua entrevista. A população precisa saber a quem deve direcionar suas cobranças. O caso do estádio do Corinthians é o exemplo debatido no programa. Ao Governo Federal caberá sempre o monitoramento das ações e a cobrança do cumprimeito dos cronogramas.

Por fim, a entrevista é um bom material de arquivo e debate para aqueles que acompanham as ações da Copa e Olimpíadas.







Homenagem a Zagallo.






Conhecia Zagallo pela TV e rádio. Sou vascaíno e ele não foi um cara muito ligado ao Vasco. Pelo contrário. No gol do Pet, em 2001, Zagallo era o técnico do Flamengo e vibrou com a garra de sempre com o título rubro negro. Além do mais, eu achava que ele implicava com os jogadores do meu time que eram preteridos por ele nas suas convocações para a seleção brasileira. Além do mais, Zagallo me parecia um tanto quanto arrogante pela TV. Eu estava complatamente enganado.

Em 2007, ao representar o Ministro do Esporte, na festa de final de ano do Sindicato dos Treinadores de Futebol do Rio de Janeiro, tive a oportunidade de conversar e, principalmente, ouvir e observar o Velho Lobo. Ele era a pricipal estrela da festa que contava também com a presença dos principais técnicos do Brasil, entre eles, Parreira, Renê Simões, Joel Santana, Nei Franco e Jair Pereira.

A festa estava repleta de jornalistas e alguns jovens treinadores. Apesar da presença de figuras renomadas do jornalismo esportivo e do futebol brasileiro, Zagallo deu uma demonstração de grandeza e humildade impressionante. Durante alguns minutos, dedicou seu tempo a ouvir minhas opiniões sobre futebol. Quanta paciência teve aquele homem. Depois, ele deu inúmeras entrevistas sem fazer nehuma distinção entre as rádios que o abordavam. Ele foi atencioso com a Globo, Tupi e dispensou o mesmo tratamento aos jornalistas de blogs, rádios do interior e admiradores que se aproximavam para abraçá-lo ou pedir autógrafos. Uma generosidade e simpatia cada vez mais raras entre "os grandes nomes" do futebol da atualidade.

Zagallo foi o maior homenageado da noite. Em seu discurso, falou com humildade e sinceridade sobre o futebol brasileiro. Enalteceu o esforço dos profissionais que transformaram o futebol do nosso país na potência que ele é e a sua figura diante de nós era suficiente para demonstar o quanto ele contribui para isso. Sobre a sua trajetória, Zagallo apenas agradeceu a ajuda recebida de cada companheiro de profissão. Doss roupeiros a Pelé, ele não deixou ninguém de fora. Ao final, pediu apoio do Poder Público aos proejtos sociais ligados ao futebol e à valorização dos treinadores brasileiros. Foi uma alula.

Zagallo é um grande nome do esporte brasileiro e revenrenciar sua trajetória é reforçar nas mentes e corações dos mais jovens que trabalhar com dedicação e respeito ao país vale a pena.

Parabéns Zagallo e muito obrigado.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Deus é maravilhoso!!

Temos falado de vários assuntos, mas nunca falei de Deus no meu Blog. Nunca é tarde. Portanto, vamos lá.

Deus é tudo em minha vida. Ele tem sido desde sempre a luz na escuridão, o socorro quando não vejo saída e é quem sustenta minha vida e de minha família. Fé é algo que nasce no coração de cada um e é uma experiência intransferível. O que podemos fazer é dizer a todos o quanto é bom contar com Deus em nossas vidas. Quando a fé se instala na vida de uma pessoa e Deus passa a morar no seu coração, nada mais fica como antes.

Deus é amor, vida e esperança. Jesus é o caminho e andar com ele é muito mais seguro. Não é possível ter Deus no coração e compactuar com o mal, com a injustiça e a exploração. Andar em sintonia com Jesus é sorrir, ser solidário e viver em paz com sua consciência. Quem busca um mundo melhor, encontra em Deus seu principal parceiro e alerta.

Abra seu coração para Deus e deixe-o fazer um milagre em sua vida. Você vai perceber a diferença. Tenha certeza e fé.

um abraço

Perda da sede do Instituto de Arquelogia do Brasil é ameaça ao bom andamento das obras em curso no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro passa por diversas obras de engenharia de grande impacto na paisagem e no ambiente. Há grande movimentação de terras, escavações, remoção de casas etc. Esse processo, muitas vezes, acaba por revelar fragmentos importantes da presença do homem naquele espaço. A área da ciência responsável pela coleta e tratamento desses fragmentos e informações é a Arquelogia, que media posteriormente as futuras ações com a história, museologia, arquivologia, arquitetura, antropologia etc. Esse processo é importantíssimo para a história e o desenvolvimento de uma sociedade. Infelizmente, nesse mesmo momento, o Instituto de Arquelogia do Brasil está ameaçado de perder sua sede (veja manifesto abaixo transcrito).

É preciso, portanto, que as pessoas que defendem o patrimônio cultural e histórico do Brasil e do Rio de Janeiro ajudem a impedir a perda do espaço do IAB. As energias dos arqueólogos precisam estar concentradas na pesquisa e no desenvolvimento pleno de suas atividades e não na luta contra a perda de sua sede. Essa tentativa de retirada da sede do IAB se enquadra perfeitamente num velho dito popular: " Se não pode ajudar, não atrapalhe!!!"´. Portanto, o que defendo é que o Governo do Estado desista da idéia de remoção do IAB de sua sede na Casa do Capão do Bispo, onde atua com competência há 37 anos, e ajude a Instituição a aprimorar ainda mais a sua capacidade de realização.

Participe.

O IAB - Instituto de Arqueologia Brasileira, instituição com 50 anos de existência, ocupa há 37 anos, através de acordo com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a Casa do Capão do Bispo. Trata-se de um bem histórico - século XVIII - tombado pelo Patrimônio Federal e de propriedade do Estado do Rio de Janeiro. Atuando ali, todos estes anos, transformamos a Casa em um centro de pesquisas e de formação de pesquisadores. Recentemente fomos "intimados" pelo Estado a desocupar a Casa, com prazo até 31/08/2011, sem que tenha sido apresentada uma razão concreta para tal e sem expor qual será o destino da Casa. Trata-se de uma situação de extrema injustiça e que, efetivada, trará consequências profundas.
Existe um movimento por nossa permanência na Casa, inclusive a petição "Abaixo-assinado desocupação da Casa de Fazenda do Bispo". Peço que acessem o link:

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N12164

Ali vai aparecer um texto explicando o que se está requerendo e porque. Depois é só clicar abaixo em assinar abaixo-assinado e colocar seus dados. Caso o link não abra aqui, é só copiar o endereço e colar em um site de busca ou então digitar "Petição Capão do Bispo".
Assistam também ao vídeo no youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=Xjiq_CcnJu4&feature=feedwll

e acessem o blog -

http://arqueologiacapao.blogspot.com/.

POR FAVOR, É IMPORTANTÍSSIMO PERDERMOS UM POUCO DE TEMPO E FAZERMOS
ISTO, NÃO SOMENTE ASSINAR MAS ENVIAR NOSSOS CONTATOS, MULTIPLICANDO O
ASSUNTO.

Obrigado,
Paulo Seda


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Museus do Carnaval e do Futebol no Rio de Janeiro?? Nem pra inglês ver.

O Rio de Janeiro estará no centro do mundo esportivo e dos grandes eventos nos próximos anos. O portal Terra anunciou que a Bahia ganhará um museu do samba. São Paulo tem o museu do futebol. E o Rio, cadê nossos museus dos temas que mais identificam nossa cultura e hábitos?

Os mais espertos, ou desavisados, poderão dizer que o Museu do Samba, o Museu Mané Garrincha e o Museu do Maracanã estão desativados por conta das obras no estádio que sediará abertura da Copa e no Sambódromo que terá competições nas Olimpíadas. Ba-le-la-la. O Rio de Janeiro não tem, na prática, esses museus.

O Mané Garrincha tem um acervo excelente e não tinha instalações mínimas para o seu funcionamento. O do Marcanã era um sala de exposições sem acervo. O carnaval carioca é a maior festa popular do mundo e não tem um museu.

Eu fico imaginando a cara de perplexidade de um gringo querendo conhecer um museu com o jeitão do carioca: “Don`t have a Carnival Museum??? Oh my god!!! Ok, and where is the Football Museum?? In São Paulo???? Será difícil explicar. O guia ainda vai ter que sugerir ao gringo uma visita à Salvador para conhecer o Carnaval. É bom os times e escolas de samba cariocas se prepararem para exposições temporárias na Bahia e em Sâo Paulo até a abertura da Copa.

No período pré Copa não dá para o Rio de Janeiro abrir mão de espaços bem equipados para a memória do samba e do futebol. E não me venham pra cá com soluções mirabolantes da Fundação Roberto Marinho.

Lembrem-se que a vinda de turistas ao Rio vem aumentando e estes são os primeiros divulgadores do Rio no período anterior aos grendes eventos que sediaremos. E ainda estamos com o Museu de Arte Naïf fechado. É duro.

Legião Urbana e Titãs. Jota Quest e Skank. NX Zero e Detonautas. Na sua geração quem foi melhor?

Taí uma boa polêmica. Na minha época, os anos 80, a galera sempre discutia quem era melhor. Legião, Paralamas, Barão, Titãs, Plebe Rude, RPM, João Penca e os Miquinhos etc. A polêmica era grande e rolava uma certa disputa regional entre Rio, Sampa e Brasília, com uma variedade de estilos. Quem fazia o melhor som? A polêmica era boa e a qualidade musical melhor ainda. Eu me amarrava na Legião, Barão Vermemelho e Plebe Rude. Num outro estilo, curtia João Penca com seus Miquinhos e a Blitz que tinham a cara do Rio.

Além das bandas, teve muita gente boa que fez sucesso em carreira solo: Rita Lee (olha aí os Mutantes das décadas de 60 e 70), o inesquecível Raul, Cassia Eller, Lobão, Cazuza....

Não posso deixar de fora a Jovem Guarda de Roberto e Erasmo (na década de 60), tem o Chico Science e a Nação Zumbi; com a cara do nordeste, o Rappa, Planet Hemp, Charlie Brown Jr.

A galera de Minas vem de longe. Eu acho que o Clube da Esquina joga nesse time com Beto Guedes, Lô Borges... Na década de 90, vem Skank e Jota Quest. E o Roupa Nova e o Boca Livre, Ratos do Porão, Sepultura...

Caracas, é muita gente boa. Bem , eu fico por aqui e deixo o espaço pra vocês opinarem

fui.

Brasileirão e Copa Sul-americana - O que você prefere??

Começou a disputa da Copa Sul-americana. E agora, o que fazem os times brasileiros que participam das duas competições?

Vasco, Flamengo, Botafogo, São Paulo, Atlético Paranaense, Galo, Palmeiras, Ceará vão ter que enfrentar algumas maratonas. A sul-americana garante vaga na Libertadores e o brasileirão também.

Há situações diferentes para cada clube brasileiro. O Vasco já está na libertadores e está no G4 do brasileirão. O que fazer? Tenta a sorte nas duas, tanta o penta brasileiro, ou o quarto título sul-americano? Flamengo se concentra no brasileirão, na luta pelo título e fica com a vaga na Libertadores ficando no bolo dos primeiros?

Há situações mais complicadas, o Galo Mineiro parece que não lutará pelo tíltulo, pois está na parte de baixo da tabela. Começa uma competição internacional, onde a disputa poderá se tornar mais fácil. Tenta o título sul-americano? E se a decisão implicar na aproximação da zona do rebaixamento.

O Atlético Paranaense deverá focar no brasileirão para fugir do rebaixamento que o ameaça.

Enfim, a polêmica está no ar.Deixe sua opinião

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Negócio da China - Milan e Inter. E o futebol brasileiro parado. O Santos está certo em tentar manter Neymar....

Confusão entre torcedores do Milan e Inter na China é uma demonstração do atual estágio da globalização do futebol. A cena ocorre num treino do Inter antes do jogo de abertura da Supercoa da Itália, que terá incício no Ninho do Pássaro - estádio chinês construído para as competições olímpicas em 2008 (vide: matéria na página do ODIA - http://migre.me/5pl3e )

O futebol brasileiro está distante anos luz de distância dos clubes europeus. É a receita do bolo: craques e rivalidade num bom campo de futebol. Pobre futebol brasileiro. O Santos está certo em tentar manter Neymar. O valor intangível dele é muito maior do que esses clubes europeus querem pagar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vasco x Santos - 16 anos depois de sua estréia com a camisa do Vasco, Juninho enfrenta novamente o Santos



Vasco e Santos se enfrentam esta semana em Sâo Janúário pelo Campeonato Brasileiro. O Clássico que já teve o milésimo gol de Pelé e decisão de título, como por exemplo o Rio - São Paulo de 1999, vencido pelo Vasco, sempre foi marcado por grandes momentos do futebol brasileiro. Pelé se consolidou no cenário nacional vestindo a camisa vascaína, em 1957, num combinado Vasco/Santos. Outro fato marcante é a estréia em grande estilo de Juninho Pernambucano no Vasco em 1995. Por falar no Reizinho vascaíno, foi dele o gol do título vascaíno no Rio - São paulo de 1999.

Na próxima quarta feira, o jogo entre Vasco e Santos promete.

Andrés Sanches - Corinthians no topo do Mundo???

Como todos já pereceberam aqui em nosso blog, sou vascaíno de coração, mente e alma, mas quero aqui repercutir a entrevista concedida por Andrés Sanches ao SPORTV na tarde de hoje (01/08/11), quando afirmou que pretende transformar seu clube no mais rico e forte do mundo, num período de três anos.

Não acompanho o cotidiano da administração dele à frente do Corinthians e não tenho, portanto, elementos suficientes para considerar a promessa dele possível, ou não, de ser cumprida. No entanto, é de extrema importância que um dirigente esportivo brasileiro tenha essa meta para sua instituição.

Tenho reiteradamente afirmado que o futebol brasileiro não pode se restringir a um papel secundário no cenário do futebol internacional. Não podemos ser apenas vendedores de talentos a preços baixos para outros mercados. Os patrocinadores que tenham negócios no mundo inteiro, ao colocarem suas marcas nas camisas de times brasileiros, precisam pagar um preço equivalente ao que praticam na Europa e compatível com o tamanho do mercado que o Brasil representa para seus produtos.

A realização da Copa do Mundo no Brasil é outro fator que posiciona melhor nossos clubes. O presidente do Corinthians olha nessa direção. Flamengo, Vasco, Palmeiras, Fluminense, Santos, São Paulo, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Botafogo, Grêmio e Internaciona precisam pensar da mesma forma. Mais que isso, a CBF precisa ajudar a concretizar a projeção dos nosso clubes e a Rede Globo não deve comprometer sua grade de programação tão somente com a agenda corinthiana. O que ela está fazendo em benefício do Corinthians talvez tenha mais significado do que os incentivos públicos à construção do estádio em Itaquera.

No mais, fica a torcida para que o Vasco, que tem eleições amanhã, estrague os planos de Andrés e chegue ao topo mais rápido ainda. Ao Timão, primeiro, recomendo que conquiste a Libertadores.

Dia Mundial da Amamentação: teste os seus conhecimentos sobre o aleitamento

Responda ao quiz e descubra verdades e mitos sobre o leite materno


Fonte:msn.minhavida.com.br

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dé o Aranha no memória do Esporte do O GLOBO

O Globo lembra Dé - o Aranha

http://oglobo.globo.com/esportes/mat/2011/07/25/memoria-do-futebol-de-aranha-924974247.asp


Vejam a entrevista do Dé. Muito bacana. Uma pérola. Esse tipo de jogador transformou o futebol brasileiro na paixão que ele é. Eles davam entrevistas à beira do campo. Uma confusão danada e todo mundo se entendia. Hoje, é uma presepada, com back drops, assessoria de imprensa, hora marcada e tudo mais. Bola mesmo quem tinha era Pelé, Dinamite, Zico, Rivelino, Dé, Garrincha, Mendonça, Jairzinho, Paulo Cesar Cajú..... Chega, é bricadeira comparar com as figuras importantes de hoje. Muita assessoria, penteado, hora marcada chuteira colorida e futebolzinho de quinta (às 22:00h, pra não atrapalhar a exibição da novela).

sábado, 23 de julho de 2011

Amy Winehouse um filme triste e repetido

A vida da Amy foi como um filme repetido, ou um roteiro que todo mundo descofia do final. Em algumas ocasiões, mudam apenas detalhes da tragédia pessoal de alguns de seus atores. Alguns levam mais tempo para morrer, outros terminam na miséria, mas, em todos os casos, a marca do alcool e das drogas está presente. Elvis, Elis Regina, Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Jim Morrisson, Garrincha e tantos outros. A sociedade precisa reagir. Há espaço para mobilizações contra as drogas e o alccol. A pressão cultural de valorização dessas tragédias, lamentavelmente, é enorme. No começo, chega a parecer uma poesia e uma festa de felicidade, mas quando percebemos, o cigarrinho de maconha e o copinho de cerveja vão dando lugar à dependência química e ao vício. Sofrem o dependente e seus familiares e amigos. No entanto, a sociedade paga a conta com prejuízos na área da segurança, saúde e educação. Portanto, sou militante da luta contra as drogas e acho que você também deveria entrar nessa.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

19 de Julho - Dia do Futebol - deixe seu recado.

Dezenove de julho é o dia do Futebol. Deixe seu recado:

http://marciomarques65007.blogspot.com/2011/07/19-de-julho-dia-do-futebol-deixe-seu.html .

A homenagem e a bronca são livres. Começo lembrando a fundação do Sport Club Rio Grande - Primeiro time de fuebol do Brasil.
A bronca fica por conta do descaso com futebol feminino. Nossas meninas merecem atenção e investimentos.

Abertura dos Jogos Mundiais Militares

Sábado, estive na cerimônia de abertura dos V Jogos Mundiais Militares. Simples, bem feita e com bom resultado. Destaque para a lúdica animação ao som de "Aquarela" com Toquinho ao vivo. Para fechar com chave de ouro, show de samba com Alcione, Jorge Aragão e Dudu Nobre. Pelé, eterno rei do futebol, foi o "cara" da Tocha. Veja as fotos direto no site oficial dos Jogos

http://www.flickr.com/photos/jogosrio2011/sets/72157626641522591/

Neimar - Novo Pelé?? Ou ainda apenas um Robinho

Não se deve crucificar a Seleção brasileira que foi eliminada pelo Paraguai na Copa América, na tarde de ontem. É bom lembrar, inclusive, que isso não é nenhuma novidade e que tal fato já ocorrera em outras ocasiões e o futebol brasileiro não deixou de ser grande por causa disso. No entanto, o resultado me oferece a oportunidade de criticar uma frase infeliz da Revista Veja publicada recentemente em sua capa, onde estampou uma imagem de Neimar com uma bela coroa de ouro. A frase não me sai da cabeça: "FINALMENTE, surge um craque da estirpe de Pelé."

A frase é uma mistura de injustiça e precipitação. Ao usar a palavra "finalmente", seu autor ofende a memória e a inteligência de quem viu atuar jogadores como Rivelino, Zico, Ronaldo, Ronaldinho e Romário. Lembro ainda de Rivaldo, Falcão, Sócrates, Bebeto, Careca e Reinaldo. Todos à frente de Neimar na postulação de herdeiros da estirpe de Pelé.

Neimar é um grande jogador e dá sinais claros de que é craque. No entanto, furaram a fila das comparações. O novo menino de ouro da Vila está mais próximo de seu antecessor imediato - Robinho, outro grande craque brasileiro.

Em resumo, a comparação foi desmedida e a frase injusta. Pelé é um ser superior no futebol, um gênio. Foi campeão mundial três vezes e, para sucedê-lo, é preciso, ao menos, chegar perto dessas marcas. Ronaldo e Romário são, na minha opinião, seus herdeiros mais próximos. Garrincha é o parceiro de Pelé no ataque eterno do Brasil.

Para não perder a viagem, repito: Clubes fracos, futebol brasileiro em baixa.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cem anos de Mario Lago



Faço minha pequena homenagem a Mario Lago. Um homem com a cara do Brasil e do Rio de Janeiro do século XX. Ator, compositor, comunista e esteve sempre ligado nas lutas populares, com alegria, bom humor e tenacidade.

domingo, 10 de julho de 2011

Em defesa dos grandes Clubes do futebol brasileiro

Surgem notícias de que vai ganhando força a idéia de blindar os grandes clubes brasileiros contra o rebaixamento no campeonato brasileiro da primeira divisão. Creio que essa iniciativa não só é acertada, como está atrasada em alguns anos.

Está em curso no futebol mundial intensa disputa por mercados consumidores das marcas dos grandes clubes do mundo. O resultado dessa disputa é a reprodução, no mercado da bola, do cenário econômico internacional da fase embrionária do capitalismo, no século XIX. O curioso é que na economia real, os papéis estão se invertendo a cada dia mais.

O Brasil vem assumindo posição central na economia mundial e países como Itália, Espanha e Inglaterra conhecem crise inédita e decadência sem precedente nos últimos cem anos. No futebol, essa crise não chegou. Em boa parte, esse fenômeno deve-se ao fato de que o complexo de inferioridade que acometeu a elite brasileira durante mais de quatrocentos anos não abandonou a lógica dos dirigentes esportivos brasileiros. Pior, o papel subserviente na cadeia produtiva e de negócios do futebol repete a fórmula adotada pela elite social e econômica ao longo de décadas seguidas no Brasil, onde uma minoria lucrava com a miséria do povo brasileiro e a participação periférica na economia mundial.

Os dirigentes de clubes brasileiros e os empresários do setor comportam-se tal e qual a elite dominante no Brasil atuou desde o período da escravatura até início do século XXI. Estes senhores, simplesmente, organizam o futebol brasileiro de forma a contribuir para o desenvolvimento dos clubes europeus. Preferem a periferia que lhes assegura poder local e dinheiro ao preço da falência dos clubes e do êxodo de nossos ídolos.

Sou um admirador do Ronaldinho, mas foi deprimente vê-lo barrigudo com a camisa do Corinthians disputando jogos oficiais. Guardadas as devidas proporções, esse filme era visto em décadas passadas com grades ídolos do futebol que terminavam suas carreiras em times pequenos da terceira divisão. O mais triste é constatar a fragilidade do nosso futebol, quando esse mesmo Ronaldo fez a diferença no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil vencidas pelo Timão. Nossos craques mais jovens estavam na Europa emprestando seus talentos aos patrocinadores que lucram enormes somas por lá, quando poderiam gerar renda e lucro para nossos times.

A fórmula é mesma em todos os clubes. Ronaldinho no Fla, Juninho no Vasco e Deco no Flu. Enquanto isso, Renato Augusto, Philippe Coutinho e Thiago Neves foram embora a preço de banana.

Quando a FIFA liberou o número de estrangeiros em clubes europeus, foi aberta a porteira para a decadência do futebol sulamericano. Imediatamente, ampliou-se o universo de empresários e profissionais a serviço da transferência prematura de jogadores brasileiros para o exterior. A rede dos grandes clubes europeus promove um arrastão nas categorias de base do futebol brasileiro. A busca de talentos, nesses casos, passou a se dar por amostragem. Os meninos vão às centenas, deixando os times brasileiros reduzidos à mediocridade. Os talentos raros, que permanecem no Brasil nos primeiros anos do profissional, são logo vendidos por valores ridículos se comparados às transferências subseqüentes em solo europeu. É uma vergonha o papel desempenhado por clubes e empresários brasileiros nesse processo. E a CBF é a agente oficial no Brasil dessa absurda engrenagem.

Esse processo atingiu dramaticamente os clubes brasileiros e argentinos e é evidente a decadência técnica de seus times e seleções. Enquanto isso, a outrora fracassada seleção espanhola joga o fino da bola depois de anos de influência de craques brasileiros e argentinos em seus clubes. Messi é a personificação maior desse fenômeno. Enquanto isso, o River Plate, uma das jóias do futebol argentino, passa pelo vexame do rebaixamento à segunda divisão. Em tempo: o Brasil está há duas Copas longe dos jogos finais e a Argentina está na fila pelo título desde 1986.

No Brasil, Botafogo, Fluminense, Vasco, Corinthians, Palmeiras, Atlético Mineiro, Bahia e Grêmio, sofreram o mesmo trauma e o clube de maior torcida do Brasil – o Flamengo, esteve muito próximo disso por pelo menos três vezes nos últimos anos. Enquanto isso, qualquer “timeco” europeu leva nossos jogares por quantias ridículas.

Neste cenário, submeter nosso futebol a um regime diferenciado de acesso e rebaixamento na primeira divisão do campeonato brasileiro pode não ser o ideal tecnicamente, mas é uma pequena maneira de proteger as marcas dos clubes grandes. É preciso lembrar que essas marcas deram contribuições centenárias ao Brasil. Protegê-las, portanto, não é favor, é obrigação de quem pretende zelar pela saúde financeira e do talento do nosso futebol e clubes.

Quanto aos demais clubes que, em tese, ficariam condenados a um papel menor, seria preciso um plano de ação adequado que valorizasse suas potencialidades e os mantivesse em condições de competição para o acesso à elite do futebol brasileiro. A proposta de proteção aos grandes clubes não é uma atestado de morte para os menores. Ou alguém acredita que um campeonato da série B com Palmeiras e Botafogo, como ocorreu em 2003, foi bom para os clubes que desejavam subir à primeira divisão?

É hora da virada no futebol brasileiro. O país se confirma como potencia econômica, sediaremos a Copa e as Olimpíadas e não dá mais pra o sol continuar a brilhar infinitamente para Espanha e Inglaterra no reino do futebol, enquanto nosso clubes vivem das migalhas do mercado da bola. Agora, é vez do Brasil.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Homenagem a Rodovalho Souto

Grande amigo e exemplo de homem comprometido com a transformação da sociedade. Rodovalho Souto era médico, economista, cientista político e possuía tantos outros títulos mas, acima de tudo, meu sogro era uma cara do bem e deixa um exemplo de luta para seus filhos e netos. Infelizmente, nos deixou na última sexta feira e vai deixar muita saudade. RODOVALHO SOUTO, ... PRESENTE!!!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Noite mágica de futebol e emoção. Valeu Geovani

Houve em 1989 uma noite mágica. Dois times disputavam o segundo jogo das semifinais do campeonato brasileiro do ano anterior. Isso mesmo, um jogo que começou com o embaraço do tempo e que parecia não querer acabar nunca.

Vasco e Fluminense não foram campeões de nada naquele dia e nem mesmo alcançaram tal feito nas partidas seguintes. O Bahia foi o campeão brasileiro de 1988. No entanto, tricolores e cruzmaltinos saíram do Maracanã tendo ajudado a escrever uma história épica do nosso futebol.

As legiões romanas, os grandes pelotões de exércitos poderosos também devem ter travado batalhas que poucos viram e que a História pouco as menciona. Em geral, as batalhas finais são as preferidas e mais lembradas.

Vasco e Fluminense daquela noite é uma dessas batalhas ocorridas no meio da guerra. O Flu de Ricardo Gomes, Delei, Assis e Washington vinha de uma vitória no primeiro jogo sobre Leonardo, Geovani, Bismark e Roberto Dinamite – os heróis vascaínos.

O regulamento do brasileiro de 88 era tão estranho quanto seu o calendário e previa que o Vasco só se classificaria se ganhasse o jogo duas vezes no partida de volta. Mas como assim?? Isso mesmo, era necessário ganhar no tempo normal e na prorrogação.

Mas vamos aos fatos do campo de jogo. Logo na primeira partida, a situação ficou difícil para o Vasco, que tinha em seu time um jogador de nome Zé do Carmo. Negro, nordestino e espirituoso, Zé era cabeça de área e fazedor contumaz de gols contra. E justamente na primeira partida das semifinais, o artilheiro suicida deixou sua marca nas redes vascaínas. O problema é que naquela época, o Vasco vivia uma fase de grande dificuldade em vencer o rival das Laranjeiras. Em várias ocasiões, depois de dominar o jogo inteiro, no último minuto, o Vasco levava um golzinho sobrenatural que definia a partida a favor do Fluminense. Ou seja, se já era difícil vencer o bom e sortudo time do tricolor, com o fogo amigo, a tarefa ganhava contornos dramáticos. Com isso, o Vasco saiu do primeiro jogo em desvantagem paro o segundo.


No segundo encontro, fui ao Maracanã com meu pai. Eram tempos de rivalidade intensa, porém sadia. As duas torcidas entravam por qualquer uma dos dois acessos ao estádio. Eu morava próximo à rampa do Belini e essa era sempre a minha opção de entrada. Quando chego ao Maraca, vejo uma enorme confusão e apenas camisas do Vasco a frente do portão fechado e guardado por PMS. Para minha surpresa, mesmo em desvantagem na decisão da vaga, a torcida do Vasco era maior. Piorando a situação, não havia mais ingressos nas bilheterias. Formado o tumulto, enquanto a massa vascaína forçava o portão para entrar, chega a notícia do gol do Flu. Zé do Carmo, dessa vez não fizera contra, mas errou feio e possibilitou o gol do tricolor feito por Donizete.

Mesmo assim, num vacilo do cordão de PMS, a galera furo bloqueio e sobe a rampa em disparada e gritando o nome do Vasco. Na arquibancada, no lado da nossa torcida não cabia mais ninguém e acabei assistindo ao jogo apertado no último degrau das arquibancadas. Quase no fim do 1º tempo, o Vasco empata o jogo numa bela jogada de Roberto Dinamite e forte finalização de Bismark.

No segundo tempo, massacre do Vasco com atuação magistral de Geovane, o pequeno príncipe da colina. No entanto, a escrita e o talento de Paulo Vitor (goleiro do Flu) impediam o gol vascaíno. Atacávamos e nada do gol sair. A torcida do Vasco empurrava o time para o ataque, mas pairava o temor pelo resultado pior.

No último minuto de jogo, o juiz transforma em falta na marca da grande área um penalty claro a favor do Vasco. Confirmado o roubo, o juiz coloca a bola na linha da área para que o Vasco cobrasse apenas uma falta. O que eu vi nos minutos que cercaram esse lance nunca saiu da minha cabeça e acabou de forjar minha paixão desenfreada pelo Vasco.

A eminente desclassificação transformou o final do segundo tempo num desespero. O Vasco atacava sem parar e havia acuado o Fluminense em seu campo. O penalty não marcado soou como um tiro de misericórdia nas pretensões do Vasco. Foi quando o talento de Geovani colocou aquela bola da falta na cabeça de Leonardo que viera correndo como um louco desde o meio campo. A cabeçada saiu como uma bomba e explodiu na rede de Paulo Vitor. Gol do Vasco de forma sobrenatural.

Poucos se davam conta de que ainda era preciso ganhar mais uma vez. Mas a prorrogação chega, com a torcida vascaína em delírio. Vi homens chorando e se abraçando. Dois senhores infartados foram retirados na maca pelos bobeiros. Um cadeirante caído ao chão chorava de alegria e emoção, enquanto eu corria de um lado para o outro gritando sem parar.

Num relance, o Fluminense faz um gol e logo em seguida, Washingto faz outro, numa jogada sensacional. O artilheiro do casal 20 arrancou pelo lado esquerdo da defesa vascaína e aplicou três cortes seguido no goleiro Acácio que ficou caído ao chão, desolado e vencido pelo talento e força do Fluminense. Flu classificado e Vasco, apesar da eliminação, mostrou a todos o quanto o futebol é mágico e emocionante. Perder naquele dia foi ruim, mas a lembrança daquela partida é uma das maravilhas da minha memória pessoal vascaína. Valeu Geovani.

O sofrimento no Japão e os paradigmas da vida atual

O desequilíbrio promovido pelo homem no planeta ficou evidente na tragédia do Japão. Não me refiro à emissão de CO2 no espaço, ao descaso com o lixo produzido diariamente e com as conseqüências que isso nos trará. Meu pensamento foi mais longe no tempo. Fui ao ato fundador da capacidade humana de se erguer, andar e pensar de forma distinta das demais espécies que habitavam o planeta. Daí por diante, o jogo passou a ser desigual. Tudo nos parecia favorável, mas o jogo vai dando sinais de quem será o verdadeiro perdedor.

Nossa presença no território é naturalmente destruidora do equilíbrio encontrado pelo homem onde quer que ele chegue. Não existe espécie do mesmo porte que o nosso em número equivalente à presença humana na terra, principalmente na forma de concentração em que convivemos. Nosso alimento vem de produções em larga escala em fazendas e frigoríficos. Aquecemos nosso corpo, ou o refrescamos com máquinas de mudar o tempo. Moramos onde não poderíamos morar. Transformamos em energia substâncias retiradas do planeta. Tudo isso em escala de bilhões. O sistema funciona no fio da navalha e as catástrofes se encarregam de nos mostrar essa fragilidade da pior forma possível – com dor e sofrimento.

E agora, o que fazer com uma usina nuclear prestes a explodir? Como recompor hectares de terrenos devastados em tempo célere suficiente para recompor a vida nos termos anteriores à tragédia? Causou-me perplexidade observar japoneses se aquecerem ao lado de uma fogueira improvisada.

Certa vez, por coincidência do destino, deparei-me com duas fotografias de aspectos muito parecidos, mas que continham informações completamente diferentes. Uma era a mancha da progressão de um câncer num órgão. A outra era a mancha da ocupação de uma comunidade numa cidade ao longo de dez anos. As manchas eram parecidas e ambas continham frentes de desenvolvimento desordenados e intensos. Seria vingança do equilíbrio corrompido, ou seria mera coincidência? O problema é que a dona do órgão fotografado faleceu daquele câncer e a tal comunidade sofria com falta de transporte, saneamento básico, água e nela a miséria e a morte imperavam. A mulher com câncer e o território se deteriorando: males da natureza humana, uma individual e a outra coletiva.

Pensamos em preservação do Planeta e isso é fundamental, mas precisamos repensar métodos de vida e seus limites. Não é possível viver nas condições que vivemos. Isto só se mantém para poucos às custas da miséria da maioria. A missão dos governantes é encontrar saídas para crise e não apenas encontrar planos de resgate de sobreviventes e reconstrução de cidades.

O ser humano precisa repensar sua relação com o planeta para manter as condições no único lugar onde comprovadamente podemos viver no universo – a Terra!!

Novos Campeões brasileiros com antigas taças. agressão à história do futebol brasileiro

A recente decisão da CBF de equiparar os títulos de campeão da Taças Brasil e Roberto Gomes Pedrosa ao atual campeonato brasileiro consiste, entre outros aspectos negativos, num caso de afronta à memória do desporto nacional.

Em primeiro lugar, não é concebível comparar o atual modelo de disputa do Brasileirão com as duas competições em questão. Pior ainda, é reconhecer dois títulos nacionais com importância equivalentes no mesmo ano. E foi justamente isso que fez a CBF ao considerar campeões brasileiros do mesmo ano os clubes que venceram o Robertão e a Taça de Prata. É como se hoje, o campeão da Copa do Brasil tivesse a mesma importância do campeão brasileiro. No entanto, estes são aspectos técnicos e desportivos do problema e, neste artigo, prefiro a abordagem da defesa da memória do futebol brasileiro.

Quem tem mais de 30 anos sabe exatamente o valor dos campeonatos regionais até meados da década de 80. Motivo de orgulho para o torcedor era ser campeão carioca ou paulista. Atualmente, ocorre o inverso. Os meninos de hoje querem ser campeões brasileiros, da Libertadores e do mundial da FIFA. No lugar dos confrontos de botões de Vasco e Flamengo, duelos virtuais entre Real Madrid e Milan no vídeo game. Quanto à isso, não há problema. Tudo bem, afinal, cada tempo com suas alegrias e agonias.

Eis então, com tantas diferenças de percepções e sentimentos entre fatos separados por mais de 40 anos, que num passe de mágica tirado da cartola, a CBF fez de competições menores em seu tempo um gigantismo artificial atual. O Santos de Pelé tornou-se uma lenda principalmente por seus seguidos títulos paulistas e não por suas glórias nas duas taças “nacionais” agora vitaminadas. Suas maiores glórias internacionais se deram no Maracanã, algo inimaginável no ambiente atual de rivalidade exacerbada entre os times do Rio e São Paulo. O Fluminense foi maior com a inesquecível Máquina Tricolor do que na jornada de 1970 na Taça Brasil. Quando eu era menino, ao defender o meu Vasco da empáfia e orgulho da torcida rubro negra na era Zico, de nada adiantava eu lembrar o primeiro título brasileiro alcançado em 1974. Os rivais diziam que o brasileiro era menor que Estadual. E era!!

Foi bacana ver Pelé com medalhas ao peito registrando para sempre os 6 títulos brasileiros que ele conquistou. Mas, fica a pergunta: por um acaso não foram distribuídas medalhas por ocasião das conquistas de outrora? Não havia troféus para os vencedores? Os louros intempestivos de hoje tentam inverter os fatos, mas os verdadeiros feitos épicos dos nossos times há mais de 40 anos estão vivos na memória dos torcedores veteranos. O polêmico gol de Valido, em 44, no tricampeonato rubro negro. O Fla x Flu da Lagoa. O gol vascaíno com sabor de Cocada em 88. Maurício fez explodir a agonia botafoguense após 21 anos de fila no estadual. Quem não se lembra do antológico gol de Basílio em 1977 com a camisa do Corinthians? Rondinelli em 78. Assis - o carrasco tricolor por duas vezes no início dos anos 80. O Bangu de 66, o América de Edu em 60. Estas são as maiores memórias dos clubes do futebol brasileiro daquela época. Portanto, deveriam ser destacadas, preservadas de forma a contar a história do nosso esporte em sintonia com a verdade. Dando a César o que é de Cesar e aos Clubes o que de fato ele conquistaram. Falseando a história, ninguém entenderá a razão da antiga grandeza de América e Bangu, ou o motivo de Bonsucesso, Portuguesa e Madureira terem feito excursões à Europa para jogar contra grandes clubes.

O casuísmo e a busca desmedida pelo Poder costumam fazer vítimas. A memória vive sofrendo atentados ao longo da história. No esporte, principalmente nos mais populares, não é simples fazer isso. Há paixão exacerbada e milhões sorriram e choraram com gols e jogadas inesquecíveis. Porém, a morte das gerações que lotaram os velhos estádios ajudará no inevitável esquecimento que acaba levando à distorção dos fatos ocorridos. Perdem-se as fontes primárias, há influência de elementos novos ao longo do tempo e isso é natural. Anormal e criminoso é tentar refazer com a força da caneta uma nova história.

Cabe ressaltar que a expressão da memória se realiza com elementos do agora e sobre o fato ocorrido há inexoráveis elementos da percepção do presente, da política e do poder contemporâneos. O contra ponto que equilibra o resultado dessa influência é argumento histórico e a compreensão dos fatos como eles se deram na sua origem.

Neste caso do reconhecimento dos títulos em questão, a impressão positiva que inicialmente é gerada aos clubes que tiveram títulos reconhecidos mascara os mais deslavados interesses políticos e econômicos. É contra isso que a rejeição à decisão da CBF se faz necessária.

As lambanças não terminam por aí. Ademir Marques de Menezes foi menor que os novos campeões repaginados? Friedenreich não foi um mestre na arte de fazer gols? Zizinho, Didi, Vavá, Leônidas e Garrincha não foram grandiosos? Senhores cartolas dos clubes favorecidos, por favor, até vendam suas consciências, mas não troquem suas posições políticas por taças e medalhas de lata. Exijam, no lugar de títulos artificiais, a valorização das maiores conquistas do passado. Enalteçam e valorizem os craques de outrora com a justa homenagem que suas vitórias merecem. Que sejam lustradas as taças conquistadas e que as mesmas não sejam substituídas por outras novinhas, porém sem o brilho da conquista verdadeira.

Salve o futebol brasileiro centenário, criativo, vencedor e dono de uma história linda que não merecia ser manchada por resoluções casuísticas. Meia dúzia de bolinhas não é maior que as conquistas alcançadas em campo. É preciso investir na memória do futebol brasileiro, com museus e arquivos comprometidos com a história de nossos clubes e incentivar a pesquisa histórica nesse campo. Quando isto ocorrer, o episódio dessa distribuição de novas velhas medalhas será melhor contada e boas gargalhadas serão dadas. Ou não, depende de nós.