Um momento a agradecer a Deus.

Um momento a agradecer a Deus.
Conduzir a tocha Olímpica foi um presente de Deus

sexta-feira, 9 de maio de 2014

PRA PENSAR

O BRASILEIRO, em especial o carioca, sempre teve fama de bem humorado, simpático e gente boa.  Era assim que eu me via e percebia minha gente.

De uns tempos pra cá, tenho visto uma dureza no olhar, uma falta do sorriso e da generosidade nas ruas. Fiquei um tempo morando em Brasília e botei  na conta do candango o jeito meio bronco que via nas ruas de lá.

No ano passado, durante as manifestações que tomaram conta do país, confesso que me assustei com a violência das manifestações, mas o efeito Black Blocs me serviu de explicação para o fenômeno.

Os 50 anos do golpe de 64 geraram uma avalanche de postagens no facebook a favor de um novo golpe. Neotrogloditas e viúvas da ditadura defendem torturadores e recomendam o uso da força contra qualquer um que contrarie suas opiniões (sempre muito certas e inflexíveis).

A tal da Sherazade virou musa dos que desejam justiça pelas próprias mãos e  muitos aplaudem ladrões linchados em praça pública. Isso sem contar os repetidos casos de crianças e idosos assassinados.

Os temas do racismo e da homofobia viraram esteio de ódio e rancor. As religiões vivem se atacando com nunca visto antes nesse país.

A greve dos rodoviários no Rio gerou 500 ônibus quebrados. A palavra de Ordem para a Copa é o NÃO VAI TER COPA – um slogan impregnado de rancor e autoritarismo  que não leva em conta a vontade dos que a desejam desde 1950. Um primor de desrespeito ao próximo!!!

Sou militante de esquerda desde os meus 21 anos de idade. Portanto, não descarto o uso da força para transformação da sociedade. Mas o que vejo hoje foge a esse princípio e não tem nem de longe esse objetivo.

Sinto que tem algo estranho no ar e que se misturou à legítima revolta de nosso povo contra as injustiças a que foi submetido desde sempre. Não dá mais pra aturar problemas na saúde, educação e transporte.

Considero que temos avanços nas últimas décadas, mas a secular dívida social é enorme e  difícil de saudá-la em todas as frentes.  Mas insisto, tem coisa nova no ar e que precisa ser analisada e compreendida. 


Daqui dessa minha humilde tribuna e com o restrito alcance que ela tem, mando meu recado:  QUERO VER MEU PAÍS CONTINUAR MUDANDO PRA MELHOR E NÃO ABRO MÃO DA ALEGRIA E DO ESPÍRITO AGREGADOR E SOLIDÁRIO DO BRASILEIRO. QUERO PAZ, AMOR E UM MUNDO MAIS JUSTO.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Estudo de Amir Samoggi sobre finanças dos clubes brasileiros revela grave situação do Vasco

O estudo anual do consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi acerca das finanças dos clubes brasileiros traduz em números o drama que vive o Vasco.

Segundo o estudo, que tem como base os balanços administrativos dos clubes brasileiros, o Vasco no ano de 2013, aumentou em 21% (quase cem milhões) o seu endividamento e teve um déficit de 3,1%. Nosso clube ocupa posição destacada no quesito de endividamento, justamente num ano em que foi rebaixado para a segunda divisão. O que aumenta ainda mais a dramaticidade e o absurdo do caso.

Para além do estudo de Samoggi, trago outros elementos para reflexão dos vascaínos. Aos resultados desastrosos nas finanças e em campo somam-se os seguintes problemas:

A infraestrutura do clube nunca esteve tão combalida. O Ginásio e o Parque Aquático estão destruídos.

O time campeão de 2011 foi desmontado sem que tivéssemos recebido o dinheiro total das vendas de Dedé e Diego Souza.

Nos últimos 5 anos, vendemos a valores questionáveis Philippe Coutinho, Alex Teixeira e Marlone. Perdemos jovens valores da base em razão de não pagamento de salários. Para piorar, comprometemos parte dos direitos econômicos de outros jovens em transações que trouxeram ao clube jogadores  de péssima qualidade, ou em fim de carreira vinculados a empresários, numa prática muito comum a clubes do interior e de pouca expressão. Nunca para nós.

O Vasco saiu da faixa principal da distribuição de cotas de TV e está em desvantagem a Flamengo, Corinthians e São Paulo.

O programa de captação de sócios – O Vasco é Meu é um fracasso. Na mesma situação se encontra o projeto de franquias de lojas de varejo, com algumas sendo fechadas e outras em dificuldade para os franqueados.

Não há sequer um esboço razoável e crível de reforma de São Januário. Perdemos a chance de usar adequadamente as oportunidades com a Copa no Brasil e desperdiçamos a chance de sediar o Rugby na Rio 2016.

Ou seja, o cenário é muito ruim. Nada disso, no entanto, me faz desacreditar na possibilidade de recuperação do Clube. Minha preocupação reside muito mais na política interna do Vasco. Vivemos duas décadas de agressiva luta interna. Num primeiro momento, havia uma polarização a favor ou contra Eurico. Atualmente são todos contra todos, com sangue nos olhos e pouco Vasco no coração e na mente.

A divisão do clube é enorme, a tal ponto de nos impedir de reagir aos desafios externos que se apresentam. Além disso, a instabilidade política diminui a confiança inspirada pelo clube a possíveis investidores.

Neste sentido, é preciso que os grande vascaínos coloquem o Vasco em primeiro plano. Não dá mais, por exemplo, que não tenhamos uma data para as eleições deste ano. O que desejam alguns? Que o Vasco permaneça na segunda divisão? Nosso clube e nossa torcida têm pressa sede de vitórias. O tempo não para e o futuro cobrará a fatura do tempo perdido.