Um momento a agradecer a Deus.

Um momento a agradecer a Deus.
Conduzir a tocha Olímpica foi um presente de Deus

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O caso Douglas DG. É preciso justiça. É preciso responsabilidade.

A morte do dançarino Douglas – o DG do Esquenta, é mais uma tragédia envolvendo jovens de comunidades cariocas. Nos últimos 20 anos, milhares de jovens morreram nas mesmas circunstâncias desse rapaz, sendo que dessa vez, a vítima era figura pública e participava de um dos programas mais prestigiados da Rede Globo e que tem como característica a temática dos jovens de periferia. O próprio Douglas era personagem  deste cenário carioca.


O caso se soma ao assassinato do ajudante de pedreiro Amarildo entre os que ocorreram em comunidades tidas como pacificadas e que contam com a presença de Unidade de Polícia Pacificadora. Tudo isso dá ao episodio elementos de imensa repercussão, num ano de eleições, Copa do Mundo e instabilidade na implantação das tais UPPs. É, portanto, complexo o cenário que se vislumbra.


Em meio à complexidade, emergem aspectos que não podem ser negligenciados:

1 – é preciso que as investigações apresentem os culpados pelo crime, o que já seria um avanço em relação aos milhares de assassinatos ocorridos nas mesmas condições e que mal chegaram a ser investigados;

2 – é preciso separar o joio do trigo e não entrar na onda de traficantes descontentes com a presença do aparato policial e que desejam se aproveitar da morte do rapaz para recuperar as condição de atuação que detinham  nesses locais antes das UPPs;

3 – o Governo do Estado, que teve o mérito da instalação das UPPs, precisa reconhecer que é preciso realizar ajustes no programa. Vai ficando evidente o desgaste e a insuficiência das ações e a sua ineficácia diante dos problemas que vão surgindo. É ruim para a população do asfalto, mas pior ainda para quem mora nas comunidades – sempre as maiores vítimas.



O meu temor é que o ambiente eleitoral, cuja sensibilidade está ampliada pela proximidade da Copa do Mundo, torne mais difícil a travessia desse momento. A sociedade fluminense precisa se mobilizar e atuar de maneira responsável. Em especial, os partidos políticos e suas lideranças que precisam agir com espírito público. Caso contrário, o bicho vai pegar feio e não será pouco. O Rio de Janeiro não merece isso. A população não aguenta mais.