Um momento a agradecer a Deus.

Um momento a agradecer a Deus.
Conduzir a tocha Olímpica foi um presente de Deus

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A QUEM PERTENCE O LADO DIREITO DO MARACANÃ? UMA ABORDAGEM À LUZ DA LEI DE TOMBAMENTO DO MARACANÃ.




Vasco e Fluminense brigam pelo direito de suas torcidas ficarem do lado direito das arquibancadas do Maracanã. Em que pese a total descaracterização do estádio ao longo de seus 64 anos, é fato que o Estádio Mário Filho mantém viva sua magia e significados  arquitetônico e cultural para o país. E mais: o Estádio é tombado pelo IPHAN.


O  tombamento foi feito em 26/12/2000 e tem  o seu  registro no livro Tombo  Arqueológico, Paisagístico e Etnográfico. Desejou o IPHAN, portanto, preservar não apenas a paisagem e a arquitetura, mas, também, a ambiência e a maneira do público se relacionar com a edificação e o espetáculo. Esse conceito é consagrado entre os que militam na área de preservação. 


Afirmam os tricolores que há contrato em vigor com o Consórcio Maracanã que lhes assegura o direito de uso do lado direito. Reconheço que há razoabilidade no argumento.  No entanto, o que tem a nos dizer o Governo do Estado, efetivo dono do Maracanã, acerca do cumprimento da lei federal que tombou o Maracanã?


Está claro que a questão envolve tradição, costume, rivalidade e a história do estádio.  O Vasco ganhou o lado direito à epoca da fundação do Maracanã. Por 64 anos, todos os torcedores cariocas reconheciam esse direito e não houve jogo do Clube cruzmaltino que não tivesse ocorrido dessa forma, até a concessão do estádio. 


Neste sentido, garantir a restituição do lados das torcidas é uma questão legal, cultural e histórica e que requer do Estado o devido zelo em nome da proteção que se desejou fazer no momento do tombamento. Mais que o destino, é a LEI. Fica o desafio ao Governo do Estado e ao IPHAN: que até o dia 26, aniversário do tombamento do Maracanã,  seja restituído ao Vasco o seu direito.

*Marcio Marques é Museólogo, pós graduado em Gestão de Projetos e gestor Público de Esporte

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Tivemos Copa. Teremos campeões em 2016. Eu acredito




Durante toda a preparação do Brasil para receber a Copa do Mundo, convivemos com a inusitada frase dita por jornalistas, políticos e céticos em Geral: NÃO VAI TER COPA!!! Essa turma repetia à exaustão  essa  frase recheada de ódio e desprezo pela capacidade do Brasil em realizar um mega evento esportivo.


Deram com os burros n’aguá, pois o Brasil fez bonito e encantou o mundo com uma Copa do excelente e que teve a cara do povo brasieliro e sulamericano.


Entra na fila agora a Rio 2016 e os mesmos abutres começam a dizer que o Brasil fará feio nas competições esportivas. Pois bem, dessa vez, os fatos que contrariam essa tese começam a chegar antes mesmo da tese sombria  ganhar corpo.


No ano passado, nossos  atletas obtiveram o melhor desempenho de toda sua história em cmapeonatos mundiais em modalidades olímpicas:  27 medalhas . Em 2005 e 2009 foram respectivamente 11 e 9 medalhas. O resultado em 2013 representa uma colocação entre os 10 primeiros do mundo. Justamente a meta estabelecida pelo COB e Governo Federal para os Jogos de 2016.


Agora em 2014, nos Jogos Sulamenricanos, em Bogotá o Brasil foi campeão com mais que o dobro de medalhas do segundo colocado – a Colômbia.


E o resultado mais recente, nos Jogos Olímpicos da Juventude,  em Nanquim, o Brasil enviou uma delegação de 97 atletas, sendo 66 da Bolsa Atleta e um da Bolsa Pódio. Eles atuaram em 24 modalidades, tornado o Brasil a segunda maior delegação, perdendo apenas para a dona da casa – a  China.  Voltamos de Nanquim com 17 medalhas na bagagem e a certeza de que uma geração vencedora está se formando no Brasil. Afinal, esstes são atelatas que irão além de 2016 e obtivemos o dobro de medalahas conquistas em 2010, a primeira edição dos jogos. 



Por tudo isso, acho que já dá para dizer: Tivemos Copa e vamos ter campeões em 2016. Para desespero dos secadores de plantão.



quarta-feira, 9 de julho de 2014

Sete gols que o Brasil precisa para virar o jogo.





A derrota de ontem terá milhões de editorias, matérias, livros, documentários e vai servir de inspiração e motivo para muitas resenhas. E eu não posso ficar der fora dessa avalanche de opiniões que começou ainda durante o jogo.


O que se viu em campo foi uma humilhação técnica e tática. Uma equipe com tamanha superioridade que, talvez em respeito ao futebol brasileiro e à nossa torcida, tirou o pé do acelerador e deixou barata a vitória por sete a um. O que vimos no jogo de ontem foi o desvendar da realidade do futebol brasileiro. Por mais triste que eu esteja, não posso deixar de ver um lado postivo por ter havido um placar tão elástico, pois ele não deixa dúvidas.


Tenho reiteradamente escrito sobre a péssima qualidade do nosso futebol. O que vemos é a baixíssima qualidade dos nossos jogadores e táticas defensivas que inibem o talento. As divisões de base dos clubes deixam de fora jovens talentosos e priorizam os mais fortes e cumpridores das determinações táticas de seus treinadores. Com isso, foi sendo banido do futebol brasileiro o talentoso, o criativo e o inovador. Neymar é o ponto fora da curva em nosso futebol. Há vinte anos, seria um entre muitos. 


Do ponto de vista tático, desde meados dos anos 80, a escola gaúcha vem emplacando inúmeros técnicos em nosso futebol. Os pampas já nos deram Falcão, Mengalvio, Renato Gaúcho, Ronaldinho Gaúcho e Grêmio e Inter são clubes maravilhosos, mas a tal escola a que me refiro é a da aplicação tática, da forte marcação e da garra. Com todo respeito, não foram esses aspectos que nos alçaram à condição de país do futebol arte. E há quem defenda o Tite como substituto do Felipão. 


No entanto, para além desses motivos técnicos e táticos, existe uma questão de ordem política e financeira. As Leis Zico e Pelé colocaram nossos clubes centenários na lona. Os empresários viraram os donos dos departamentos de futebol dos clubes. Em associação com empresários internacionais e com clubes europeus, esses caras aliciam jovens promissores e os clubes brasileiros viraram reféns desse processo. A derrota de ontem é o efeito prático de vinte anos de uma legislação danosa ao nosso futebol.


O futebol mundial, seguindo a lógica capitalista de concentração de riqueza, vai forçando a mão para que o número de clubes protagonistas seja diminuído. Ocorre, no entanto, que Espanha, Itália e  Inglaterra (principais países do sistema do futebol internacional) juntos não possuem as dimensões do Brasil e nem a nossa diversidade.


O assassinato de clubes no Brasil vem da década de 90. Mataram os pequenos daquela época, os médios estão indo e começou a depuração dos maiores. Vide a distribuição de cotas de TV no Brasileirão. Imaginem se esses caras vão querer que um estado como o Rio de Janeiro tenha 4 grandes clubes em pé de igualdade com os deles…. Na década de 60, o América do Rio excursionava pela Europa recebendo cotas para disputar amistosos internacionais. Em meio à atual Copa do Mundo, o Mequinha anunciou o fechamento de sua sede social. 


Enfim, muita coisa ainda será dita sobre esse jogo de ontem. Este artigo não terá força para mudar nada. Mas, dou aqui minha humilde contribuição e faço meu desabafo como torcedor apaixonado que sou. Para virar o jogo de ontem, o Brasil precisa de 7 gols. Vamos a eles:


1 -  Recolocar o talento na ordem de prioridade técnica;
2 – Retomar a vocação ofensiva do nosso futebol;
3 – Modificar a lei Pelé;
4 – Romper com a subordinação do nosso futebol aos interesses internacionias;
5 – Fortalecer os clubes brasileiros;
6 – Moralizar e modernizar a gestão dos nossos clubes;
7 – aproveitar a derrota para dar a volta por cima.


Fico na torcida.

sábado, 14 de junho de 2014

A política não é ciência exata logo, a ordem dos fatores altera o produto.



O vascaíno Luis Fernandes é Secretário Executivo do Ministério do Esporte, já ocupou o mesmo posto no Ministério da Ciência e Tecnologia, lidera a as ações do Governo Federal na Copa e Olimpíadas e tem o respeito da  FIFA, COI, patrocinadores, CBF, COB e de todo o mundo do Esporte. Portanto, está entre os vascaínos mais bem preparados para a gestão de um Clube que precisa reunir todas as suas energias para se reerguer da pior crise vivida em seus 115 anos de vida.


Pois bem, nesta semana, Luis Fernandes declarou que apóia Eurico Miranda nas eleições vascaínas em agosto próximo. Caso o apoiado fosse ele, a história poderia ser outra. Luis, pela biografia que possui e por sua capacidade de articulação e aglutinação, poderia ser um nome capaz de reunir o máximo de forças possíveis para o próximo triênio.


Não me recordo de uma eleição no Vasco  que apresentasse tantos candidatos. A união de alguns desses a partir de uma plataforma de salvação do Vasco poderia ser capaz de recolocar o clube na dianteira do esporte no Brasil e no mundo.


 Vem surgindo uma nova geração  de líderes vascaínos e a união destes com antigos nomes do clube poderia cria um ambiente de renovação com o aproveitamento do que houve de positivo nos últimos 30 anos de Vasco.



Falar em união no Vasco pode parecer ingenuidade, ou sonho, mas não custa nada botar essa pilha. Está posta.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

PRA PENSAR

O BRASILEIRO, em especial o carioca, sempre teve fama de bem humorado, simpático e gente boa.  Era assim que eu me via e percebia minha gente.

De uns tempos pra cá, tenho visto uma dureza no olhar, uma falta do sorriso e da generosidade nas ruas. Fiquei um tempo morando em Brasília e botei  na conta do candango o jeito meio bronco que via nas ruas de lá.

No ano passado, durante as manifestações que tomaram conta do país, confesso que me assustei com a violência das manifestações, mas o efeito Black Blocs me serviu de explicação para o fenômeno.

Os 50 anos do golpe de 64 geraram uma avalanche de postagens no facebook a favor de um novo golpe. Neotrogloditas e viúvas da ditadura defendem torturadores e recomendam o uso da força contra qualquer um que contrarie suas opiniões (sempre muito certas e inflexíveis).

A tal da Sherazade virou musa dos que desejam justiça pelas próprias mãos e  muitos aplaudem ladrões linchados em praça pública. Isso sem contar os repetidos casos de crianças e idosos assassinados.

Os temas do racismo e da homofobia viraram esteio de ódio e rancor. As religiões vivem se atacando com nunca visto antes nesse país.

A greve dos rodoviários no Rio gerou 500 ônibus quebrados. A palavra de Ordem para a Copa é o NÃO VAI TER COPA – um slogan impregnado de rancor e autoritarismo  que não leva em conta a vontade dos que a desejam desde 1950. Um primor de desrespeito ao próximo!!!

Sou militante de esquerda desde os meus 21 anos de idade. Portanto, não descarto o uso da força para transformação da sociedade. Mas o que vejo hoje foge a esse princípio e não tem nem de longe esse objetivo.

Sinto que tem algo estranho no ar e que se misturou à legítima revolta de nosso povo contra as injustiças a que foi submetido desde sempre. Não dá mais pra aturar problemas na saúde, educação e transporte.

Considero que temos avanços nas últimas décadas, mas a secular dívida social é enorme e  difícil de saudá-la em todas as frentes.  Mas insisto, tem coisa nova no ar e que precisa ser analisada e compreendida. 


Daqui dessa minha humilde tribuna e com o restrito alcance que ela tem, mando meu recado:  QUERO VER MEU PAÍS CONTINUAR MUDANDO PRA MELHOR E NÃO ABRO MÃO DA ALEGRIA E DO ESPÍRITO AGREGADOR E SOLIDÁRIO DO BRASILEIRO. QUERO PAZ, AMOR E UM MUNDO MAIS JUSTO.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Estudo de Amir Samoggi sobre finanças dos clubes brasileiros revela grave situação do Vasco

O estudo anual do consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi acerca das finanças dos clubes brasileiros traduz em números o drama que vive o Vasco.

Segundo o estudo, que tem como base os balanços administrativos dos clubes brasileiros, o Vasco no ano de 2013, aumentou em 21% (quase cem milhões) o seu endividamento e teve um déficit de 3,1%. Nosso clube ocupa posição destacada no quesito de endividamento, justamente num ano em que foi rebaixado para a segunda divisão. O que aumenta ainda mais a dramaticidade e o absurdo do caso.

Para além do estudo de Samoggi, trago outros elementos para reflexão dos vascaínos. Aos resultados desastrosos nas finanças e em campo somam-se os seguintes problemas:

A infraestrutura do clube nunca esteve tão combalida. O Ginásio e o Parque Aquático estão destruídos.

O time campeão de 2011 foi desmontado sem que tivéssemos recebido o dinheiro total das vendas de Dedé e Diego Souza.

Nos últimos 5 anos, vendemos a valores questionáveis Philippe Coutinho, Alex Teixeira e Marlone. Perdemos jovens valores da base em razão de não pagamento de salários. Para piorar, comprometemos parte dos direitos econômicos de outros jovens em transações que trouxeram ao clube jogadores  de péssima qualidade, ou em fim de carreira vinculados a empresários, numa prática muito comum a clubes do interior e de pouca expressão. Nunca para nós.

O Vasco saiu da faixa principal da distribuição de cotas de TV e está em desvantagem a Flamengo, Corinthians e São Paulo.

O programa de captação de sócios – O Vasco é Meu é um fracasso. Na mesma situação se encontra o projeto de franquias de lojas de varejo, com algumas sendo fechadas e outras em dificuldade para os franqueados.

Não há sequer um esboço razoável e crível de reforma de São Januário. Perdemos a chance de usar adequadamente as oportunidades com a Copa no Brasil e desperdiçamos a chance de sediar o Rugby na Rio 2016.

Ou seja, o cenário é muito ruim. Nada disso, no entanto, me faz desacreditar na possibilidade de recuperação do Clube. Minha preocupação reside muito mais na política interna do Vasco. Vivemos duas décadas de agressiva luta interna. Num primeiro momento, havia uma polarização a favor ou contra Eurico. Atualmente são todos contra todos, com sangue nos olhos e pouco Vasco no coração e na mente.

A divisão do clube é enorme, a tal ponto de nos impedir de reagir aos desafios externos que se apresentam. Além disso, a instabilidade política diminui a confiança inspirada pelo clube a possíveis investidores.

Neste sentido, é preciso que os grande vascaínos coloquem o Vasco em primeiro plano. Não dá mais, por exemplo, que não tenhamos uma data para as eleições deste ano. O que desejam alguns? Que o Vasco permaneça na segunda divisão? Nosso clube e nossa torcida têm pressa sede de vitórias. O tempo não para e o futuro cobrará a fatura do tempo perdido. 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O caso Douglas DG. É preciso justiça. É preciso responsabilidade.

A morte do dançarino Douglas – o DG do Esquenta, é mais uma tragédia envolvendo jovens de comunidades cariocas. Nos últimos 20 anos, milhares de jovens morreram nas mesmas circunstâncias desse rapaz, sendo que dessa vez, a vítima era figura pública e participava de um dos programas mais prestigiados da Rede Globo e que tem como característica a temática dos jovens de periferia. O próprio Douglas era personagem  deste cenário carioca.


O caso se soma ao assassinato do ajudante de pedreiro Amarildo entre os que ocorreram em comunidades tidas como pacificadas e que contam com a presença de Unidade de Polícia Pacificadora. Tudo isso dá ao episodio elementos de imensa repercussão, num ano de eleições, Copa do Mundo e instabilidade na implantação das tais UPPs. É, portanto, complexo o cenário que se vislumbra.


Em meio à complexidade, emergem aspectos que não podem ser negligenciados:

1 – é preciso que as investigações apresentem os culpados pelo crime, o que já seria um avanço em relação aos milhares de assassinatos ocorridos nas mesmas condições e que mal chegaram a ser investigados;

2 – é preciso separar o joio do trigo e não entrar na onda de traficantes descontentes com a presença do aparato policial e que desejam se aproveitar da morte do rapaz para recuperar as condição de atuação que detinham  nesses locais antes das UPPs;

3 – o Governo do Estado, que teve o mérito da instalação das UPPs, precisa reconhecer que é preciso realizar ajustes no programa. Vai ficando evidente o desgaste e a insuficiência das ações e a sua ineficácia diante dos problemas que vão surgindo. É ruim para a população do asfalto, mas pior ainda para quem mora nas comunidades – sempre as maiores vítimas.



O meu temor é que o ambiente eleitoral, cuja sensibilidade está ampliada pela proximidade da Copa do Mundo, torne mais difícil a travessia desse momento. A sociedade fluminense precisa se mobilizar e atuar de maneira responsável. Em especial, os partidos políticos e suas lideranças que precisam agir com espírito público. Caso contrário, o bicho vai pegar feio e não será pouco. O Rio de Janeiro não merece isso. A população não aguenta mais.